domingo, 22 de janeiro de 2012

BOLETIM 22/01/2012


Extraído da Confissão de Fé de Westminster

DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Deus não perde os seus redimidos

XVII.1- Os que Deus aceitou em seu Filho amado, que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do estado da graça nem total, nem finalmente; mas, com toda certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos.

SÍNTESE
O redimido em e por Cristo permanece eternamente salvo.
Não é o crente que persevera, é Deus quem o mantém perseverante no seu reino.

A Irrevogabilidade da Salvação.
No arminianismo, o pecador pode salvar-se ou perder-se, pois tudo depende de sua decisão consciente, de seu livre arbítrio. Livre arbítrio de condenado é contingenciado pela condenação. A liberdade de um sentenciado à prisão, depois de recolhido ao cárcere, é aquela do prisioneiro: extremamente limitada e condicionada ao regime prisional. O pecador, condenado à alienação de Deus e penalizado com a morte, perdeu inteiramente o livre arbítrio para decidir sobre sua liberdade espiritual e seu destino eterno. Para a fé reformada, solidamente firmada nas Escrituras, a salvação é um ato da livre graça de Deus que, desde a eternidade, elegeu o que seria salvo em Cristo Jesus e, no tempo oportuno, durante o curso da existência do preordenado, chamou-o eficazmente, vinculou-o ao seu Filho, regenerou-o e o adotou como filho. As ações redentoras, todas rigorosamente previstas, são irretocáveis e irreversíveis.
Deixemos que a Palavra de Deus nos comprove tão sublime e extraordinária verdade:

Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará de minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém o pode arrebatar ( Jo 10. 28,29 ).
Todo aquele que o Pai me dá, esse vem a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora ( Jo 6. 37 ). Deus predestinou, antes que o universo existisse, os que seriam seus filhos, nãopor criação, mas por redenção em seu Filho amado, a Segunda Pessoa da unidade Trina. A semente da fé justificadora, conseqüência da eleição, reside em cada eleito, habilitando-o a ouvir, discernir, atender e seguir a voz do Pastor ( Jo 10. 4,11,14 ). Os que pertencem ao Pai por decretação eletiva são eficazmente chamados e entregues aos cuidados pastorais de Jesus Cristo: Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra ( Jo 17. 6 ). O pecador não “escolhe” seu Deus; este é quem “o escolheu e o chama” em Cristo Jesus ( Jo 15. 16 ). A perseverança dos santos é uma graça divina, não obra do esforço humano deliberado. Quem protege e segura o filho é o pai, não o contrário.

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