sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quem são os Adventistas do Sétimo Dia?


I – HISTÓRIA

            No livro “Administração da Igreja” p.26, CPB, lemos: Somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: Não! Não! Não nos envergonhamos.
            Por que os adventistas do Sétimo Dia (ASD) se envergonhariam de seu nome adotado em assembléia realizada em Battle Creek, a 28 de setembro de 1860? Eles mesmos dão a resposta, declarando:
            O movimento do advento na América foi originado por homens que estavam desejosos de receber a verdade, quando esta a eles chegasse. Aceitaram-na sinceramente e “segundo a mesma” vieram, esperando ser dentro em breve transladados. Depois do grande desapontamento, todos caíram em trevas. (“Fundadores da Mensagem”, p.9 – Everett Dick, CPB).

Entre esses homens que deram origem ao movimento adventista estava Willian (Guilherme) Miller. Em 1816, estudando o livro e Daniel, ele interpretou que Daniel 8.14 tinha ligação com a segunda vinda de Jesus e a fixou para 1843. Depois mudou para 22 de outubro de 1844 e ainda dessa vez a segunda vinda de Cristo não se consumou.

QUESTIONAMENTO

Os ASD costumam questionar: Como admitir que William Miller fosse adventista, se a Igreja Adventista do Sétimo Dia só foi organizada no dia 28 de setembro de 1860, portanto, alguns anos depois de Miller ter fixado a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844? Não admitem, pois, qualquer ligação com Guilherme Miller, declarando que isso é uma grande inverdade e que não passa de informações grosseiramente deturpadas sobre a origem denominacional adventista (“Carta da Escola Bíblica”, de Nova Friburgo, RJ, de 12-12-00). Chegam a ponto de afirmar: Os adventistas nunca marcaram uma data para a volta de Jesus. Foram os Mileritas (seguidores de Guilherme Miller, um pregador batista) que fizeram isto. Eles anunciam que Jesus viria no ano de 1843; depois, deduziram que seria em 1844; como os Adventistas do 7º Dia iriam marcar uma data, se eles ainda não existiam? Surgimos como movimento organizado no ano de 1863 (declaração constante da carta em apreço).
Da mesma forma como as Testemunhas de Jeová anunciaram a data de 1914 como centro de sua doutrina, quando Cristo voltou invisivelmente e passou a reinar no céu a data de 22 de outubro de 1844, fixada por William Miller para a segunda vinda de Cristo, é parte importante do sistema doutrinário dos ADS. Afirmamos: estão umbilicalmente ligados a Miller que deu origem aos adventistas na outra América. No livro, “Fundadores da Mensagem”, no capitulo que aborda a biografia de William Miller, ele é tratado como Pai do Movimento Adventista.
Imaginem só, hoje declaram: quando marcaram datas para a volta de Cristo, os adventistas nem existiam! Por que inventarem uma mentira dessas? (“Carta da Escola Postal”, p.2, de 13-12-00).

CÁLCULOS CORNOLÓGICOS

            No já citado livro, “Fundadores da Mensagem”, PP. 21-23, Guilherme Miller fixou, com base em Dn 8.14, a data da volta de Cristo para o ano de 1843estabelecendo a seguinte doutrina com relação a esta vinda:

1.      Que Cristo voltaria de maneira pessoal e visível, nas nuvens do céu, por volta de 1843;
2.      Que os justos ressuscitariam incorruptíveis e os justos vivos seriam transformados pela imortalidade, sendo ambos levados juntos para reinarem com Cristo em uma nova Terra;
3.      Que os santos seriam apresentados a Deus;
4.      Que a terra seria destruída pelo fogo;
5.      Que os ímpios seriam destruídos e seus espíritos conservados em prisão até sua ressurreição;
6.      Que o único milênio ensinado na Bíblia eram os mil anos que se seguiriam à ressurreição.

Nada aconteceu no dia marcado (22-3-1843) foi mudada a data para 22-10-1844
(“Fundadores da Mensagem”, p. 39). Tal data (22-10-1844) passou e não se deu a volta de Cristo. Ora, é possível imaginar o escárnio dos opositores contra os seguidores de Miller diante desse fracasso profético? Não é preciso conhecer muito a Biblia para saber-se que ninguém está autorizado a marcar data para o dia da volta de Cristo (Mt 24.36; Mc 13.31-32; At 1.7).
            Como então Guilherme Miller chegou àquela data de março de 1843?
           
Pelo estudo de Daniel 8.14 chegou ele à seguinte interpretação:

a-      Interpretou que o santuário a ser purificado era a terra;
b-      Que a purificação se fazia pelo fogo, concluindo que a terra seria purificada pelo fogo da vinda de Jesus 2 Pe 3.9-10;
c-      Interpretou que as 2.300 tardes e manhãs seriam dias, mas não literais e sim dias proféticos, valendo cada dia por um ano como base em Nm 14.34; Ez 4.6;
d-     Fixou como ponto de partida o ano 457 a.C. para a restauração da cidade de Jerusalém com base em Dn 9.25 citando como base bíblica Ed 7.11-26;
e-      Quando não se deu a volta de Jesus em 1843 aumentou um ano considerando que tinham decorrido apenas 2.299 anos a partir de 457 a.C. até 1843, ficando assim assentado 22-10-1844 como a data fatal. Essa sugestão foi de Samuel Snow, um seguidor de Miller.  

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

      Entendemos que a interpretação correta de Dn 8.14 E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado é a seguinte:

a-      O carneiro com duas pontas – Dn 8.3 representa o rei da Média e Pérsia – v.20;
b-      O bode – Dn 8.5 representa o rei da Grécia – v.21
c-      A derrota que o bode (rei da Grécia) infligiu ao carneiro (média e pérsia) – vv. 7-8 representa a vitória da Grécia sobre a Média e a Pérsia;
d-     Com a morte de Alexandre, representado pela queda do grande chifre e substituído pelos quatro chifres que saíram do bode, - v. 8 – indica a divisão do reinado de Alexandre entre seus quatro generais – v.22 (Ptolomeu, Seleuco, Lisímaco e Cassandro);
e-      O chifre pequeno que surgiu de um dos chifres – v.9  - (um rei feroz de cara) – v.23 representa a Antíoco Epifâneo, VV. 11-12;
f-       Antioco Epifâneo (ou Epífanes), governador da Síria entre 175 e 164 a.C., profanou o Santuário ou o Templo de Jerusalém – v. 11 – e substituiu por sacrifícios pagãos de animais imundos e ídolos pagãos (1 Macabeus 1.21-24), os sacrifícios prescritos na lei (Nm 28.1-3).
g-      O santuário ou o templo de Jerusalém foi purificado depois de 1150 dias (2300 vezes os sacrifícios diários celebrados de tarde e de manhã foram suprimidos), Nm 28.1-3.

Entretanto, tal interpretação não quiseram aceitar os seguidores de Miller com o texto de Dn 8.14 e, então, surgiu Hirã Edson que disse ter tido uma visão: Vi distinta e claramente que o nosso sumo sacerdote, em vez de sair do lugar santo do santuário celeste, para vir a terra no dia do sétimo mês, ao fim dos dois mil e trezentos dias, entrava naquele dia pela primeira vez no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes de voltar a terra (“Administração da Igreja”, p.20, CPB).  Com esta explicação foi contornada a tormenta, e os Adventistas do Sétimo Dia prosseguem sua existência religiosa. Esta interpretação do santuário celestial, onde Cristo entrou em 22 de outubro de 1844, iniciando a obra do Juízo Investigativo e do Santuário Celestial, não passa de duas heresias para uma igreja que se ufana de ser a Igreja Remanescente. 
http://pastordiogenesmonteiro.blogspot.com/2011/01/quem-sao-os-adventistas-do-setimo-dia.html

ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA

Respondendo a um desafio adventista

Desafio feito pelo Srº.  Gilberto Theiss (adventista) no portal:  altoclamor.com:
“Aos inimigos da verdade bíblica, uma sugestão para meditação. Muitos são os que se colocam de frente contra os 10 mandamentos da lei de Deus. Tenho presenciado grandes movimentos evangélico protestante se ergendo contra a lei de Deus. Em resposta a esses dissidentes protestantes, gostaria de lhes dirigir 12 perguntas do porque que Deus fez tanta diferenciação entre as leis, uma vez que vocês alegam não existir. Neste desafio, não vale o campo da argumentação. Apenas um assim diz o Senhor.
 Se Deus não quisesse sugerir diferenciação de leis, porque razão faria tantas, tantas e tantas diferenças tão absolutamente claras assim? Rendam-se a verdade. Na verdade tudo que escrevo é para o sinceros que lerão, porque sei que vocês só debocharão e não responderão biblicamente todas essas perguntas. (Biblicamente)”
     
Respondendo as perguntas (introdução):

Caro amigo Sr. Gilberto Theiss: sou apenas um internauta observador. Não debocharei e responderei as suas perguntas. Mas antes gostaria de fazer um comentário sobre suas declarações. O Sr. diz para responder biblicamente...
Mas o que seria responder “biblicamente”? O homem cria diversas interpretações para diversos assuntos bíblicos; e a questão da Lei é uma delas. Só quem pode responder 100% Biblicamente sem sombra de equívocos é Deus e Jesus Cristo. O homem fala, escreve, pergunta, responde e argumenta tudo “biblicamente”... Dentro da sua interpretação.






Mas é claro que, aparecem interpretações mais coerentes e com mais sentido dentro do contexto histórico bíblico do que outras. Mas a verdade absoluta, só a Deus pertence. O Senhor diz para responder biblicamente... 


Mas avalie suas perguntas; com todo  o respeito Sr. Gilberto, elas são induzivas, especulativas, que conduz a entender, já na pergunta, que existiam duas Leis distintas. Algumas das suas perguntas são muito parecidas com aquela na estória do Delegado corrupto, acusador (e o verdadeiro assassino), que pergunta para o acusado (inocente):



“ Além de dinheiro, que outros motivos te levaram a matar o Dr.  fulano?” Viu? Entendeu? A pergunta já diz e induz que o acusado é o culpado. Veja agora também a sua 1º pergunta, ela diz que Deus chamou uma lei de  lei de Deus e outra lei de  lei de Moisés... A pergunta já afirma que existiam duas leis distintas e pede o motivo disso. 


Essa pergunta, para ser mais biblicamente correta, poderia ser mais ou menos assim: Por que lemos na Bíblia as expressões: lei do Senhor e lei de Moisés?
Sr. Gilberto, as suas perguntas são baseadas na interpretação adventista da Bíblia, e não exatamente na Bíblia, o Senhor pergunta “adventistamente”, ou seja, O Sr. pede para responder Biblicamente, mas não pergunta Biblicamente.

E o que o falou sobre “inimigos da verdade...”, ”rendam-se a verdade...” meu caro amigo, isso é simplesmente dispensável. Sr. Gilberto, isso é deselegante, ousado, áspero e desafiador. Deixa a entender que a verdade só está  no que o  adventismo prega, e que esse, é a única e absoluta fonte da verdade, e todas as outras pessoas que não concordam com a interpretação adventista, são todos uns coitados ignorantes, enganados, e ou, rebeldes perante Deus.

Se  são “inimigos que devem se render a verdade”, indiretamente o Sr. está chamando as pessoas que não concordam com o adventismo de “soldados da mentira”; Cuidado Sr. Gilberto, isso é sinal de um terrível orgulho, muito característico no meio adventista, que poderá ser a sua ruína.

Agora responderei as suas perguntas. Por favor, leia com calma e atenção.

E que Deus o ilumine e guarde.            

1º - Porque Deus chamou uma lei de lei do Senhor e outra de lei de Moisés?            (Sl 1:2, 19:7) (Rom 7:22) (Nee 8:1)

Resposta:
Porque são sinônimos meu amigo, são sinônimos. É o mesmo caso de  festas fixas do Senhor (lev 23:37) (lev 23:44), e festas dos judeus (João 5:1) (João 6:4) . 


Confira na Bíblia e reflita meu caro: A páscoa era festa “dos judeus” ou era “do Senhor”?  São sinônimos da mesma festa. E que tal essas passagens, veja:



- Em Lv 23:39 , a festa dos tabernáculos é festa do Senhor, e em João 7:2,  a mesma festa é chamada de festa dos judeus... (confira). E quem são: o ungido, o messias, o cordeiro, o Rei dos reis, e o filho do homem? Todos são sinônimos de Jesus. São sinônimos meu caro amigo, sinônimos. E sobre a Lei, Existem muitos exemplos, vou mostrar alguns, veja:
- Em Neemias 8:1, o livro é chamado de Livro da Lei de Moisés, e logo depois, nos versos 8 e 18, o livro é chamado de Livro da Lei de Deus.  Agora veja esses exemplos de leis cerimoniais como sendo da lei do Senhor:



- Em Ex 13:9, separar o primogênito, era seguir a Lei do Senhor...
- Em 2 cro 31:3, holocaustos eram normas da Lei do Senhor...
- Em 2 cro 34:14, o livro é chamado de livro da Lei do Senhor...

- Em Lc 2:21-24, Lei de Moisés de sacrifícios é a mesma Lei do Senhor...
- Em Lc 2:39, ordenanças da Lei, são ditas como da Lei do Senhor...
- Em Nee 10:28-39, vários preceitos da “lei de Moisés”, são ditos como ordens da Lei do Senhor...

 Veja esses:
Em Marcos 7:10, diz: “pois Moisés disse: honra teu pai e tua mãe; e quem maldisser ao seu pai ou sua mãe, morrerá.”  (honrar pai e mãe é o quinto mandamento, está em EX 20:12.   vemos nesta passagem,uma “lei de Deus”,e no entanto se diz que “Moisés disse”)
Em Mateus 15:4, diz: “porque Deus ordenou: honra teu pai e tua mãe; e quem maldisser a seu pai ou sua mãe seja punido de morte.”(no quinto mandamento NÃO está escrito que quem maldisser seus pais deve ser punido com a morte, isso está no livro da Lei (lev 20:9) e no entanto se diz que “Deus ordenou.”)



Em Marcos é lei de Moisés... Em Mateus é lei de Deus... E ambas dizem a mesma coisa.
Em Josué 23:6, o livro é chamado de Livro da lei de Moisés (besêpher torath mosheh)
E logo em Josué 24:26, ele é dito como Livro da Lei de Deus(besêpher torath 'elohiym )
(veja e confirme no original hebraico). 


Reparou bem, Sr. Gilberto? Existia um “Livro” da Lei de Deus... Mas a “lei de Deus” não estava nas tábuas de pedra, e a “lei de Moisés” no livro?  E o Sr. reparou nos exemplos acima onde é dito claramente que diversos preceitos rituais eram da Lei do Senhor ?

2º - Porque razão Deus chamou uma lei de lei real e outra de cédula de ordenança? (Tiago 2:8) (Colos 2:14)?

Resposta:
Porque a Lei literalmente em sua letra, era uma cédula de ordenanças, um documento de ordenação, um enorme conjunto de prescrições, regras e normas de tamanho jugo, que nem os antigos conseguiram suportar (At 15:9-10). Porque a letra mata, o espírito vivifica ( 2 Cor 3:1-6). 


 Tiago chamou a norma de Lev 19:18 de lei real; ou lei régia, porque é o segundo mandamento-base de toda a toda Lei e os profetas; aqueles dois mandamentos: amar a Deus (Dt 6;5) e amar ao próximo como a ti mesmo (Lv 19:18), (que diga-se de passagem, é bem moral e não estava nas tábuas de pedra, mas no livro, fora da arca); representava o espírito da Lei, que é o amor, e não secamente a letra da Lei (Rm 7:6) (Gal 5:18).



A Lei real, é a lei da liberdade, do espírito, a Lei do amor; essa é a Lei real, a Lei de Cristo, a Lei da Nova e Eterna Aliança Não vivemos mais na era da letra da lei, mas em novidade no espírito da lei. 


Viver na letra, é seguir só as normas e regras escritas ao pé da letra da lei sem conhecer o sentido ou, o verdadeiro sentido, a intenção, a essência. 


Viver no espírito, é se aprofundar na verdadeira intenção da lei, é procurar viver dentro do contexto da mensagem, até mesmo às vezes, fazendo ou deixando de fazer coisas, que nem constam na letra da lei como permitido ou proibido; pois se tem o pleno conhecimento do espírito da lei. 





As escrituras nos dizem que onde há o Espírito de Deus aí há liberdade (2 Cor 3:17); contudo, nos traz uma muito maior responsabilidade, porque o desejo revelado pelo Espírito, e que está por traz de toda lei escrita, é o AMOR, e o AMOR é um princípio proveniente da humildade e da submissão, pois é um mandamento. 




O AMOR foi revelado por Jesus como o espírito de toda a lei. (confuso? Se Quiser, posso posteriormente lhe esclarecer melhor.)





3º - Por que Deus mostrou uma lei antes do pecado do homem e outra depois? (Rm 4:15) (Hb 10:1)

Resposta:
O Sr.  quer dizer na pergunta que: a “lei moral” foi dada no Éden, e a lei “de Moisés” foi dada depois...    É isso?  Bom meu amigo, se é isso, desculpe-me Sr. Gilberto, mas eu não consegui encontrar em           Rm 4:15, Paulo dizendo que Deus mostrou, ou deu os dez mandamentos para Adão.... Sinto muito, na minha opinião isso é equívoco de interpretação. Em Rm 4:13-25, pelo exemplo de Abraão, Paulo mostra que a pessoa é aceita por Deus por causa da fé e segundo a graça. A promessa de Deus depende da fé e não da lei (Rm 4:13-16) .


E é claro que a lei não era imagem real das coisas (Hb 10:1), ela serviu de guia, tutor(“Aio”) até que viesse Cristo, para que pela fé fôssemos justificados (Gal3:19-25).



Paulo mostra que a lei suscita a ira de Deus, o castigo de Deus; e que onde não há lei, não há transgressão. Baseados nisso, muitos advts afirmam que Adão e Eva transgrediram a “lei de Deus”. 


Mas como que Deus iria dar a dita “lei moral” para Adão e Eva, se para saber e seguir tal lei, é necessário saber o que é comportamento moral; e para isso eles deveriam ter o conhecimento do bem e do mal, do certo e do errado, pois moralidade depende disso


Mas o casal não tinha esse conhecimento, pois Deus proibiu de comer do fruto do tal conhecimento (Gen 2:17). E pra que uma lei sobre pecados, se o pecado não existia?





Uma lei referente a pecado, antes do pecado? Seria mais ou menos como colocar uma placa de trânsito, por exemplo, do tipo: “proibido ultrapassar”, num vilarejo qualquer, nos tempos do antigo testamento; quando  não existiam automóveis, rodovias, trânsito de veículos automotores... Ninguém tinha a menor idéia do que era tudo isso.







Era exatamente como Paulo disse, onde não há lei, não há transgressão, e não havia lei sobre pecado porque no Éden não havia pecado 


Adão e Eva não tinham conhecimento do bem e do mal, e não tinham logicamente conhecimento do que era pecado, eles viviam na mais profunda inocência, note que eles não sentiam, nem sabiam o que era vergonha (Gen 2:25); muito menos o que seria  roubo, cobiça, adultério,inveja, ira, mentira...
Depois que comeram, começaram a ter conhecimento (Gen 3:7) 

Eles  tomaram conhecimento do bem e do mal sendo enganados pela serpente, pois eles eram totalmente inocentes. Eles transgrediram a ordem de Deus sem intenção maléfica, pois nem sabiam o que era mal, eles pecaram não por intenção própria, mas por instruções da serpente, sem responsabilidade, sem consciência do que fizeram.



Paulo disse em Rm 5:13, que antes da chegada da lei, o pecado estava no mundo mas o pecado não é imputado (não atribuído a alguém, não atribuída a responsabilidade) não tendo lei. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.” 


Outra tradução (atualizada) deixa bem claro:“porque antes da lei, o pecado já estava no mundo mas onde não há lei, o pecado não é levado em conta” ou seja, o pecado de Adão e Eva não foi intencional, não pecaram porque quiseram pecar, pois pecar é errado, é mal, mas eles nem sabiam o que era isso, pois ainda não tinham comido do fruto do conhecimento. 


Como eles saberiam que desobedecer à Deus era mal, era errado, se eles não tinham o conhecimento do bem e do mal? Note que o casal nem sabia o que era enganar e mentir, e assim foi facilmente persuadido e seduzido pela astuta serpente (Gen 3:1-6).



Eles pecaram? Sim, mas como ainda não havia lei, esse pecado não foi imputado. 


E se  Adão e Eva transgrediram a “lei de Deus”;  eu gostaria de saber qual dos 10 mandamentos eles transgrediram, pois a bíblia só mostra que eles quebraram a regra de não comer do fruto do conhecimento.

Tudo aponta na Bíblia, para o fato de que, os dez mandamentos nunca existiram como um código formal de lei  antes da época de Moisés.  


E se o Sr. acredita que as leis morais do decálogo estavam vigentes no Éden, isso tem um grave problema, por exemplo: Adão e Eva tinham que honrar pai e mãe? E no Éden, o único casal existente, tinha que se preocupar com adultério? Com quem? Cuidar para não cobiçar a casa ou o servo do próximo? (leia Êx 20:17). Os “servos” de Adão, o “estrangeiro” que estivesse no Éden, dentro das portas da “casa” de Adão, tinha que guardar o sábado? (leia Ex 20:10-11).





Quando Deus fez a aliança e deu as tábuas do decálogo a Moisés, ficou claro que esta aliança não foi feita no Éden, nem com os patriarcas, leia Deut 5:2-3, veja o que é dito antes da citação dos dez mandamentos:

Não com nossos pais fez o Senhor esta aliança, mas conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos”. (Deut. 5:3)
 A única regra que Deus deu para o casal do Éden, foi que não comessem do fruto proibido; do fruto do conhecimento, ao comerem, adquiriram o conhecimento do certo e do errado, do Bem, e infelizmente também do mal, e aí o pecado entrou.



4º - Por que a lei dos 10 mandamentos Deus mesmo as escreveu e a outra mandou que Moisés a escrevesse? (Ex 31:18) (Deut 31:9)

Resposta:
Nas duas primeiras tábuas de pedra que foram quebradas (Ex 32:19), Deus escreveu as dez palavras, mas nas duas novas tábuas que permaneceram, quem escreveu os dez mandamentos foi Moisés.                    Veja Ex 34:28:
E Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do pacto, os dez mandamentos.”   
Quem esteve lá 40 dias, não comeu, não bebeu, e ESCREVEU nas tábuas? Moisés! Apesar de Deus dizer que Ele escreveria, (Ex 34:1), quem escreveu foi Moisés. Uma contradição? Lógico que não. Deus muitas vezes age através do seu escolhido, mas é Ele quem faz.



Quando Moisés ordenou às rochas que lhes dessem água, e saiu água para o povo (Nm 20:8 ), quem fez sair água das pedras foi Moisés ou foi Deus? 


E quando atravessaram o mar vermelho, Deus mandou Moisés levantar o cajado e estender a mão sobre o mar, e ele se abriu (Ex 14:16). Quem abriu o mar foi Moisés ou foi Deus? Qualquer um vendo Moisés com seu cajado levantado e sua mão estendida para o mar, diria que foi Moisés quem o abriu, outros diriam que foi Moisés através do poder de Deus e outros ainda diriam que foi Deus através de Moisés. 




veja sr Gilberto, quem criou as dez palavras para Israel foi Deus, mas quem escreveu literalmente nas duas novas tábuas, foi Moisés.
Um engenheiro pode dizer: -“fui eu quem fez aquele prédio” foi ele ou foram os pedreiros? Ele criou e orientou a obra, a responsabilidade e os méritos vão para  o criador da obra, não para quem literalmente a fez.(leia João 4:1-2). Deus disse que escreveria, mas quem literalmente escreveu foi Moisés.
Se você quer argumentar que as regras das placas de pedras são mais importantes e superiores, porque o próprio Deus as escreveu, lamento, mas aquelas primeiras foram quebradas e as segundas placas , quem escreveu foi Moisés; então parece que as regras não eram tão importantes, ou perderam a superioridade, pois Moisés botou a mão, não é?   Moisés escreveu nas duas novas placas que permaneceram e Moisés escreveu também no livro; tudo orientado por Deus.  

Ah, mas você ainda quer saber por que  Deus literalmente escreveu diretamente nas duas primeiras tábuas?  


Isso a Bíblia não explica. Seria como perguntar: por que Deus apareceu no meio de um fogo numa sarça (Ex 3:2) e por que não num cactos ou oliveira? E por que Deus usou uma coluna de nuvem para guiar o povo (Ex 13:21)? Não podia ser uma seta de arco-íris? Um cometa vermelho?
Amigo Gilberto, a Bíblia não diz nem deixa a entender que as leis das tábuas de pedra eram mais importantes ou superiores que outras leis do livro. E para provar isso, veja a passagem de João 7:22-23, ali mostra que os judeus praticavam a circuncisão no sábado.





E isso não lhe é estranho? No sábado não podia catar lenha (Num 15:32-36 ), não podia acender fogo    (Ex 35;3 ), não podia carregar materiais (Jr 17:21-22 ), nem caminhar certas distâncias (At 1:12 ), nem mesmo tratar doentes (Lc 13:14 ), mas uma lei cerimonial de Moisés – circuncisão - podia. 


E isso nos faz pensar: se realmente existiam a “lei de Moisés” e a “lei de Deus”, e se essa última era considerada mais importante e superior, porque foi Deus quem escreveu, foi escrito em pedras, ficava dentro da arca, era perfeita, era santa, era eterna, como que o povo de Deus colocou a circuncisão acima do sábado?





Uma lei do livro, fora da arca, não declarada como perfeita ou eterna, uma lei “de Moisés” acima de uma “lei de Deus”?


Analise Sr. Gilberto, se os Israelitas faziam essa distinção de leis, eles deixariam para circuncidar as crianças no dia seguinte, pois jamais eles colocariam a dita “lei de Moisés” (inferior) acima da dita “lei de Deus” (superior).   

 5º - Por que Deus escreveu os dez mandamentos em pedra e mandou Moisés escrever o restante nos rolos?(Ex 31:18) (Deut. 31:24)

Resposta:
Conforme já dito anteriormente, Moisés também escreveu nas tábuas de pedra. E o fato do decálogo ter sido escrito em pedra, não prova que suas leis fossem mais importantes que outras.
A Bíblia nunca explicou ou deixou claro diretamente, mas de acordo com o costume daquela época, por vezes, qualquer contrato solene ou aliança era firmado selecionando algum objeto como "testemunha" ou "testemunho" daquele acordo.

Foi assim que Jacó ergueu um pilar como uma testemunha de seu voto para com o Deus de seus pais (Gênesis 28.18). 


Mais tarde este mesmo Jacó fez com Labão uma aliança e ergueram um montão de pedras como testemunha disto (Gênesis 31:48). Abraão reservou sete cordeiros como “uma testemunha” da aliança dele com Abimeleque (Gênesis 21:27-30).  
Analisando então o histórico cultural bíblico, podemos perceber que Deus deu as tábuas de pedra a Israel como “testemunha” ou testemunho, um marco representativo daquela aliança. 








As tábuas eram chamadas de tábuas do testemunho (Ex 31:18), a arca na qual elas foram postas, era a arca do testemunho (Ex 40:5), e o tabernáculo onde a arca foi posta era chamado de tabernáculo do testemunho (Ex 38:21). 




Tanto as tábuas, a arca e a tenda sagrada (onde ficava também o livro), foram chamados  “do testemunho” e em momento algum é dito na bíblia que as leis das pedras eram superiores.





Agora, se o fato daquilo que foi escrito nas pedras são superiores e mais importantes, analise meu caro: então quer dizer que:  se eu não cobiçar o cortador de grama do meu vizinho, isso é mais importante, mais sublime, moralmente mais nobre e superior do que eu perdoar uma grave ofensa, (uma grande mágoa guardada por 15 anos), causada pelo meu irmão? 


Então  é isso que devo entender, sim, porque no decálogo está escrito o mandamento moral e superior: “não cobiçarás”, mas não existe o mandamento moral e superior do perdão...



E eu já ouvi alguns advts afirmarem que os 10 mandamentos é que conduzem a vida moral do cristão... Mas é essa a orientação “moral” que o cristão deve ter? Sem perdão? Aposto que o amigo perdoa... Mas perdoar sendo bem moral é uma enorme forma de demonstrar e praticar o amor ao próximo... Nós não encontramos no decálogo.  


Se o fato daquilo que está escrito nas pedras é mais importante e superior, Jesus teria dito: “destes 10 mandamentos das pedras dependem toda a Lei e os profetas”. Mas não, Ele não disse isso.


 6º - Por que Deus mandou colocar 10 mandamentos dentro da  arca e mandou que deixasse as outras 603 leis fora da arca? (Deut. 10:5 e Deut 31:26)

Resposta:
Dentro da arca, fora da arca... Meu caro amigo, a Bíblia nunca relatou que aquilo que estivesse dentro da arca seria superior. A arca era chamada da arca da aliança, as tábuas também eram chamadas de tábuas da aliança, e também o livro era chamado de livro da aliança... 


Tudo da mesma aliança. E nunca foi dito que aquilo ou isso era mais importante ou superior devido estar dentro ou fora da arca.
Isso nada prova Sr. Gilberto; note, por exemplo, que na Bíblia, temos  passagens que chamam as tábuas de pedra de “tábuas da Aliança” (Deut. 9:9) (Deut 9:11) (Deut 9:15)  e outras que chamam também o livro de “Livro da Aliança” (Ex 24:7) (2 Reis 23:2) (2 Reis 23:21) (2 Cro 34:30) [Almeida corrigida – fiel]  e no Livro fora da arca, assim como nas tábuas, também estavam escritos os 10 mandamentos. 

Meu amigo Gilberto analise: quando perguntaram para Jesus: “mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 


Jesus por acaso perguntou: “de qual lei se referes? Da “lei de Deus” gravada nas pedras, ou da “Lei de Moisés” escrita no livro?” 


Não, Jesus não perguntou isso, e já respondeu de bate - pronto: “amarás teu Deus de todo coração e toda tua alma (Deut 6:5) e amarás teu próximo como a ti mesmo”(Lev 19:18) ; e completou: “destes dois mandamentos dependem toda a  lei e os profetas(Mt 22:36-40).

Veja meu caro, os dois mandamentos mais consagrados pelo próprio Jesus Cristo, que são BEM MORAIS, foram escritos fora das tábuas de pedra e  ficavam fora da arca. Daí vem uns adventistas com o argumento que Jesus tinha resumido os dez mandamentos em dois...
E também alegando: “ah, mas se eu amo meu próximo, eu não mato, não roubo, não minto, não cobiço” e etc.  Mas... Se esses dois mandamentos do amor são os dez  resumidos, (e pelo que sei, resumo é mostrar a mensagem principal, o núcleo de um texto, é o contexto da coisa) por que, que o decálogo na íntegra nada fala de AMAR?  Quer dizer que: resumido ele representa o pleno amor... 


Mas detalhado, aberto, íten  por íten,  na íntegra, ele só tem oito proibições e duas orientações, e sem em momento algum, dizer AME. 



Pois é; se você ama teu próximo você não mata, não rouba, não cobiça... Mas também  então não precisa ser solidário, não precisa ter compaixão, pode debochar de alguém, humilhar o próximo, quebrar o que é do próximo (sem cobiça), ser orgulhoso, ser ganancioso, e não precisa perdoar... Porque nada disso é relatado nas pedras?

NÃO, meu amigo, Jesus não resumiu os dez mandamentos em dois... É o contrário, o decálogo é que contêm algumas, de todas as regras e leis de comportamento sobre amar que se resumem naqueles dois principais mandamentos. 


Esses dois mandamentos já abrangem tudo sobre o amor. Se você amar teu próximo como a ti mesmo, você fará de tudo para construir um bom relacionamento, tudo com boa intenção, e não fará nada de mal ao próximo que você não queira para você mesmo. 


Pode um cristão amar o próximo como a ti mesmo na íntegra, sem misericórdia? Mas onde está o mandamento da misericórdia nas tábuas de pedra?



Agora, se o caso é de algo ser superior porque estava dentro da arca, nós vemos que além das placas de pedra, dentro da arca também estavam o maná e a vara de Arão (Heb 9:4). 


Bom, se for assim, devemos então também deduzir que o maná e o florescimento e os frutos da vara de Arão, foram milagres superiores à outros?  


A abertura do mar vermelho, por exemplo, pelo visto então, não foi tão importante não é, pois não se guardou nenhum frasco com água do mar vermelho dentro da arca... 


E as duas leis maiores, que falam claramente do Amor, que são muito citadas na Nova Aliança, ficavam fora da arca, escritas naquela dita “lei de Moisés” fora das tábuas de pedra... Veja, os mandamentos do Amor ficavam fora da arca.
Fonte:
altoclamor.com / exadventistas.com
Continua...