segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A SOBERANIA DE DEUS (Uma visão pré-milenista)

Por Diógenes Monteiro+
O propósito último da história da Terra é demonstrar graficamente a glória de Deus, mostrando que somente Ele é Rei soberano sobre toda a criação. É por isso que Jesus ensinou seus discípulos a orarem “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). A demonstração final da vontade de Deus está chegando, quando Jesus Cristo, junto com Seus santos, trará o primeiro governo perfeito a este mundo (1 Co 15.20-28). Deus permitiu que o usurpador, Satanás, reinasse por milhares de anos como o “deus desse século”(2 Co 4.4) e o “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2), mas o controle de satanás terá um desfecho repentino. O último governo de satanás será um esforço titânico, ativo e desesperado para ter êxito em sua rebelião contra Deus (Ap 12,13).
A primeira declaração profética de supremacia de Deus sobre Satanás veio bem cedo nas escrituras, quando o Senhor Deus declarou à serpente: “... esta [i. e, Cristo] te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Vários milhares de anos depois, Jesus vividamente retratou a quebra do poder de satanás: “... Eu via satanás como raio, cair do céu” (Lc 10.18). Assim, Jesus voltou o rosto resolutamente para a cruz, onde a maldição do pecado e da morte que satanás introduzira por meio de sua mentira  em Gênesis 3 seria desfeita. Satanás foi julgado na cruz (Jo 16.11), mas a execução do juízo ainda está por vir (Ap 20.10).
A destruição que acontecerá na terra depois do arrebatamento será tão intensa que Jesus a caracterizou como uma “grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mt 24.21; cf. Dn 12.1). Jesus profetizou que “logo depois da aflição daqueles dias [...] aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.29,30).
Não poderemos confundir o dom da graça redentora com a recompensa ou galardão que receberemos. A graça de Deus determina para onde vamos ao final desta jornada terrestre. O galardão que os cristãos receberão por sua obediência a Cristo determina a posição de serviço que terão no reino de Cristo. Paulo resume sucintamente, para Timóteo, os conceitos de graça e galardão, num poema que se tornou um hino no século I:
... se morrermos com ele, também com ele viveremos [cf. Rm. 6.1-6];
Se sofrermos, também com ele reinaremos [cf. Ap. 2.26-28];
Se o negarmos, também ele nos negará [cf. Mt.10.32,33];
Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo ( 2 Tm 2.11-13). 

Noventa e três vezes, no Novo testamento, o nosso Senhor e os apóstolos usam descrições de serviço no vindouro Reino Milenar para encorajar os cristãos a deixarem para trás sua imaturidade e abraçarem o serviço fiel a Cristo. Em resumo, nosso futuro é determinado pelo que fazemos com aquilo que Deus nos deu.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Doutrina da Salvação só pela Graça


Uma das maiores e mais preciosas doutrinas da Bíblia é a da graça de Deus, da salvação somente pela graça. Mesmo uma leitura perfunctória da Bíblia, especialmente do Novo Testamento, mostrará que a salvação e todas as bênçãos da vida cristã são resultado da graça de Deus. Vejamos numa incursão rápida pelo Novo Testamento qual é o lugar que a graça ocupa em toda a nossa vida espiritual.
1 - A eleição é pela graça. “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a elei­ção da graça. E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rom 11:5,6).
2 - Jesus é a personificação da graça. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade... To­dos nós temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo.1:14,16,17). “Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (2Cor 8:9).
3 - A Salvação é pela graça. “Pela graça sois salvos por meio da fé” (Ef 2:8). “Porquanto a graça de Deus se manifes­tou salvadora a todos os homens” (Tito 2:11).
4 - A Justificação e o Perdão dos pecados são pela graça. “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rom 3:24). “No qual te­mos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, se­gundo a riqueza da sua graça” (Ef 1:7).
5 - A Fé é pela graça. “Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que mediante a graça haviam crido” (At 18:27).
6 - A graça capacita-nos a servir. “Pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça que me foi concedida, não se tornou vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus comigo” (1Cor 15:10).
7 - Graça capacita-nos a ser pacientes e perseverantes. “Então me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Cor 12:9). “Acheguemo-nos portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportu­na”(Heb 4:16).
8 - Devemos crescer na graça. “Crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3:18).
9 - A plenitude de nossa salvação na segunda vinda de Cristo será uma nova expressão da graça de Deus. “Cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (1Pe.1:13).
10 - Por toda a eternidade os salvos serão um monumento da graça de Deus. “Em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo... para louvor da glória de sua graça” (Ef 1:5,6). “Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2:7).
Vemos, conseqüentemente, a singularidade do papel que a graça de Deus desempenha em todo o plano de nossa salvação. Desde toda a eternidade fomos eleitos por graça de Deus. No devido tempo, esta graça foi revelada, em toda a sua beleza, por Jesus Cristo. Por esta graça é que somos salvos, isto é, justificados e perdoados mediante a fé, a qual em si mesma é um resultado da graça. Esta mesma graça, que trouxe salvação às nossas almas, capacita-nos a servir a Deus e dá-nos força para suportar todos os sofrimentos a que estamos sujeitos neste mundo e a perseverar até ao fim. Nesta graça estamos firmes (Rom 5:2) e crescemos. A segunda vinda de Cristo será nova revelação de graça, e por toda a eternidade a infinita graça de Deus resplandecerá em nós, para Seu eterno louvor e glória.

segunda-feira, 25 de março de 2013

PÁSCOA: CELEBRAÇÃO DA VIDA!

PÁSCOA: CELEBRAÇÃO DA VIDA!

Neste final de semana estamos comemorando a Páscoa, que para nós cristãos representa a libertação que Jesus Cristo efetuou por nós na sua morte e ressurreição. Cristo está vivo! Aleluia! O sepulcro está vazio, Ele venceu a morte, e este fato nos dá a plena certeza que receberemos um corpo glorificado na Sua gloriosa volta!

A Páscoa ocidental tornou-se vazia de conteúdo espiritual, seu significado ficou restrito aos ovos de chocolate. Ao meditarmos na primeira páscoa celebrada pelos hebreus, perceberemos três elementos básicos constituíam o banquete da liberdade na saída do Egito: pães sem fermento, ervas amargas, cordeiro sem mácula (Ex.12). Estes elementos possuem um significado muito interessante para a reflexão da Páscoa em nossos dias.

1) PÃES SEM FERMENTO REPRESENTAM A FÉ SEM HIPOCRISIA E SUPERFICIALIDADE. Em Ex.12.15 há a indicação que no banquete da liberdade não poderia haver pão com fermento. A festa dos pães asmos começava na noite da páscoa (Ex.12.6,18) e durava sete dias. Diz o texto que no primeiro dia, todo o fermento tinha de ser retirado das casas. O fermento era símbolo de corrupção e de mal, e qualquer pessoa que o comesse seria eliminada de Israel (Lv.10.12; Lc.12.1). O fermento usado entre os judeus era um pedaço de massa velha e azeda que se introduziu ou “se escondia na massa nova para que a penetrasse e a tornasse leve, fazendo-a crescer. Simboliza o crescimento tanto do bem (Mt.13.33) como do mal” (Gl.5.9). Jesus alertou seus discípulos para terem cuidado com o fermento dos fariseus: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia (Lc.12.1).

Olhando para a páscoa como uma festa que celebra a liberdade devemos abandonar qualquer prática ou postura que nos corrompa. O apóstolo Paulo nos exorta a celebrar a festa, não com o velho fermento, de maldade e malícia, mas sim com os pães asmos da sinceridade e da verdade(1Co.5.7-8). Aprendemos que nossa espiritualidade, nossa devoção a Deus, deve ser autêntica, desprovida de uma aparência hipócrita, legalista e religiosa. Uma celebração verdadeira, segundo este texto é feita com sinceridade e com verdade

2) ERVAS AMARGAS TRAZEM A MEMÓRIA A ESCRAVIDÃO E SOFRIMENTO DO “EGITO” . Apesar de a Páscoa ser uma festa de libertação, era importante que o povo não perdesse a consciência de quanto foi dolorosa a escravidão passada. No banquete da liberdade havia ervas amargas (Ex.12.8). Talvez estas ervas amargas fossem alface selvagem, que era um tempero primitivo, embora mais tarde os judeus às considerassem um símbolo do amargo da escravidão de Israel. Portanto, o que foi instituído para lembrar a dor da escravidão, simbolizada no amargor das ervas do deserto, não pode ser entendido na doçura dos chocolates... É interessante notarmos que, toda verdadeira libertação tem um preço muito alto e geralmente alguém paga este preço. Jesus Cristo pagou o preço de nosso resgate na cruz do calvário. Seu sacrifício nos propiciou a libertação do cativeiro do pecado.

3) O CORDEIRO SEM DEFEITO REPRESENTA JESUS CRISTO, NOSSO CORDEIRO PASCAL No banquete da liberdade, o prato principal era um cordeiro novo e sem defeito: “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito..” Ex.12.5. O animal deveria ser macho de um ano; e seria imolado ao entardecer, e queimado por inteiro, sem quebrar-lhe os ossos. Teriam de comê-lo à noite, às pressas, acompanhado de pão sem fermento e ervas amargas. Há uma intrínseca relação deste cordeiro com Jesus Cristo. O cordeiro deveria ser novo e sem nenhum defeito... esta característica tipifica Jesus Cristo; Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14 (abibe) – assim como Jesus entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício; Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e Roma, como também o povo; nenhum de seus ossos poderia ser quebrado assim como ocorreu com Jesus na ocasião de sua crucificação.

No banquete antes da saída do Egito, o sangue do Cordeiro deveria ser aspergido sobre as portas das casas, pois o anjo da morte passaria por todo o Egito matando todos os primogênitos, só escaparia deste juízo de Deus, os que tivessem o sangue nos umbrais da porta. O sangue de Jesus é a nossa grande marca, e o poder remidor deste sangue é que nos livra da ira vindoura.

Todos estes componentes da páscoa celebrados pelos hebreus representam o que haveria de vir em Jesus Cristo, nosso cordeiro pascal. Que de fato nesta Páscoa eu e você possamos pensar no significado destes símbolos e desfrutar de uma vida cristã autêntica, não superficial; agradecermos a Deus pelo sacrifício remidor de Jesus Cristo e celebrá-lo por seu nosso substituto na cruz outorgando-nos tão grande salvação. Feliz Páscoa pra todos!
Rev. Gilberto Pires de Moraes. 
Igreja Presbiteriana

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Domingo Espetacular 13/01/13


Domingo Espetacular repercute protestos de evangélicos contra O Canto da Sereia e exibe críticas de pastores contra o Festival Promessas. Assista na íntegra


Os protestos criados pelo pastor Divino Aleixo Marinho, através do Facebook, contra a microssérie global O Canto da Sereia, foram tema de uma reportagem da edição de ontem, 13/01, do Domingo Espetacular.
O programa da TV Record entrevistou o pastor da Igreja Betel Palavra de Fogo, que criticou a abordagem feita pela Globo em relação às religiões. Para ele, o tratamento é desigual.
“A distribuição em relação à religião que a emissora em si propõe não é muito justa. Quando aborda um assunto religioso, sempre aborda de uma maneira crítica, ou diminuindo a capacidade que os evangélicos têm. Eles consideram a gente como um povo pequeno, um povo sem cultura”, afirma o pastor.
A reportagem repercutiu ainda as manifestações dos autores Glória Perez e Walcyr Carrasco, que através do Twitter, reclamaram dos protestos contra as produções Salve Jorge e O Canto da Sereia, e ressaltou a declaração da criadora da atual novela das nove, que afirmou ter medo do “modo talibã de ser” dos evangélicos que acompanharam os protestos do pastor Marinho.
Em resposta de Marinho às críticas feitas à sua iniciativa, foi baseada nos princípios que o levaram a pedir que os fiéis não acompanhassem a microssérie: “A minha opinião é que, infelizmente, se era intenção dos criadores ou não, eles passam uma mensagem contrária ao que a Bíblia diz”, pontua.
Procurada pela reportagem da Record, a assessoria da TV Globo pronunciou-se dizendo que a emissora é “laica e assim é vista pela maior parte do público brasileiro”, e se negou a comentar a possibilidade de que exista uma personagem evangélica com status de protagonista na próxima novela que for produzida.
A reportagem do programa Domingo Espetacular ouviu ainda os pastores Diógenes Monteiro e Agenor Duque, que criticaram a iniciativa da Globo em tentar se aproximar do público evangélico.
Para Duque, o Festival Promessas, é uma “jogada de marketing”, que não enfatizou a “pregação do Evangelho”. Já Monteiro ressaltou que ao seu ver, a aproximação é uma tentativa de “maquiar uma série de abusos que têm sido cometidos contra a comunidade evangélica”.
Confira abaixo, a íntegra da reportagem exibida pelo Domingo Espetacular: