terça-feira, 8 de novembro de 2011

Liturgia da Igreja Cristã Episcopal



A adoração é o coração da Igreja Episcopal, como convergência das coisas "antigas" e "novas" guardadas no tesouro, de acordo com Mateus 13.52.

Como ponto de partida, a Igreja Cristã Episcopal se arraiga na tradição Anglo-Celta, que remonta ao terceiro século. Esta aproximação anglicana permite uma tremenda flexibilidade com expressões locais, sem colocar em risco os essenciais da fé. Esta tradição histórica pode permitir uma ordem simples de adoração, como também adorações mais elaboradas.

Duas condições são fundamentais para a adoração na Igreja Episcopal. Uma, é a comunidade estar aberta para a livre atuação do Espírito Santo. A outra é a forma litúrgica, que nos é mostrada na Bíblia e na tradição da Igreja em seus primeiros séculos.

Uma das marcas distintivas da Igreja Episcopal é a sua liberdade no que se refere ao Espírito Santo. Nossa adoração é muito mais que litúrgica. Ela é sensível ao que Deus busca fazer no meio de Seu povo. O Espírito Santo é livre para manifestar-se em meio à adoração da Igreja.

A liturgia é fundamentada na Igreja dos Apóstolos e anterior ao Novo Testamento. Suas raízes estão na adoração judaica, praticada no Templo e nas Sinagogas, combinada com as celebrações eucarísticas (Santa Ceia) dos cristãos primitivos. Através da liturgia ela se une, não só na forma eterna de adoração no céu, como também entra na adoração histórica dos séculos.

Através de uma liturgia rica e autêntica, expressa as verdades religiosas, denuncia heresias, e oferece uma expressão verdadeira de adoração à Trindade.

No centro da nossa liturgia está a Palavra de Deus, única regra infalível de fé, e a atuação do Espírito Santo na vida de cada membro da igreja. Os símbolos de fé presentes em nossos templos evocam a assembléia a adoração ao Deus vivo e verdadeiro, é uma expressão de fé e piedade dos crentes.  

Portanto, todos os homens de boa vontade são convidados a adorarem a Deus em nosso templo no próximo dia 19 de novembro (sábado) as 19h00min na Rua Quatro em Santa Cruz do Capibaribe onde estaremos inaugurando a nossa missão nesta cidade.

Compareça com a sua família e neste dia estaremos fazendo história.

Pr. Diógenes Monteiro


CRISE NA IGREJA ROMANA NO BRASIL, O VATICANO ALERTA.


Trinta anos atrás, mais de 90% dos brasileiros se definiam como católicos. Agora, o número caiu para 68%, o valor mais baixo desde 1872. O alerta foi acionado porque, no maior país católico do mundo (140 milhões de fiéis), cada vez mais pessoas rompem seus laços com Roma. Além da América do Sul como terra de esperança para o catolicismo mundial, os dados dizem outra coisa. De acordo com os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, na última década, por causa da secularização e do boom das seitas evangélicas, diminuem continuamente os católicos brasileiros, enquanto aumentam enormemente as dezenas de denominações evangélicas. Uma pesquisa realizada pelo principal instituto de pesquisa do Brasil com base em 200 mil entrevistas fotografa um progressivo afastamento da Igreja especialmente das novas gerações. E, significativamente, a Santa Sé escolheu justamente o Rio de Janeiro como a próxima sede para a Jornada Mundial da Juventude, para impulsionar a pastoral da juventude na América do Sul. Durante a última década, milhões de brasileiros deixaram a comunidade católica mais numerosa do planeta para entrar nas congregações pentecostais.

O ano de 2010 foi o pior ano da Igreja Católica no Brasil. O número de jovens com menos de 20 anos que declaram não seguir nenhuma religião subiu três vezes mais rapidamente do que o de pessoas com mais de 50 anos. Cerca de 9% dos jovens brasileiros não têm nenhuma filiação religiosa. Uma tendência semelhante à dos abandonos da Igreja. A adesão ao catolicismo na população brasileira caiu para o seu nível mais baixo desde 1872: 68% em comparação aos 72,5% de 2003. A hemorragia de fiéis afeta principalmente a classe média. Ao mesmo tempo, os grupos pentecostais subiram para 12,8% da população. A secularização morde a participação religiosa, e a concorrência das seitas evangélicas está cada vez mais aguerrida.

Roma tem que acertar as contas com uma difícil convivência entre a Igreja Católica e as chamadas seitas de matriz cristã (a maioria pentecostais) que reúnem cada vez mais prosélitos, especialmente entre as camadas mais baixas da população. Em maio de 2007, o primeiro encontro de Bento XVI com os jovens evidenciou as dificuldades pelas quais a Igreja Católica do Brasil atravessa: os organizadores esperavam 70 mil jovens (40 mil no estádio e 30 mil do lado de fora). Na realidade, os números foram certamente inferiores: no estádio, permaneceram diversos espaços e lugares vazios, enquanto do lado de fora os jovens eram poucos. Ao todo, portanto, os participantes foram 35 mil segundo os dados fornecidos pelos próprios organizadores: não muitos, se lembrarmos que São Paulo tem 11 milhões de habitantes.

As Igrejas pentecostais estão atraindo um número cada vez mais crescente de fiéis arrancados da Igreja Católica (nos últimos 30 anos, o percentual dos católicos brasileiros do total da população diminuiu de 91,7% para 73,8% e agora para 65%, enquanto as Igrejas protestantes evangélicas aumentaram de 5,2% para 17,9%). Os cristãos de base atribuem a João Paulo II e ao seu guardião da ortodoxia, Joseph Ratzinger, o fato de terem "normalizado", nos anos 1980 e 1990, o clero e o episcopado sul-americano e de os terem preenchido com o Opus Dei e os Legionários de Cristo, colocando à margem aqueles teólogos da libertação que haviam deslocado muito para a esquerda o centro de gravidade da Igreja, dialogando com aquele comunismo que, ao contrário, o Vaticano estava combatendo no Leste Europeu. E a atual e dramática hemorragia de fiéis em favor das seitas evangélicas também seria o fruto da marginalização dos padres mais estreitamente em contato com as camadas populares e com as massas das favelas.

Ao mesmo tempo, a preocupação da Santa Sé se concentrou sobre a crise da disciplina eclesiástica, o crescimento das Igrejas evangélicas e da influência da teologia da libertação entre os jovens religiosos. Os documentos do WikiLeaks revelam que o Vaticano estava preocupado com a conduta dos sacerdotes brasileiros com relação ao celibato. E assim se reabre uma questão de extrema delicadeza para a Santa Sé, em particular por causa do espinhoso tema do clero brasileiro (e sul-americano) próximo da teologia da libertação e das tensões com Roma, das quais uma prova gritante é o "caso Recife", ou seja, a controvérsia sobre o aborto da menina-mãe.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Inauguração Agendada:



Dia 19 de novembro de 2011, sábado dia da bandeira, em Santa Cruz do Capibaribe será erguida mais uma bandeira do Evangelho: Inauguração da Igreja Cristã Episcopal - Missão Canaã.  

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Batismo infantil é Bíblico?

PEDOBATISMO:
Bíblia de Estudo de Genebra - Gn 17.12

O batismo de crianças, filhos de crentes (prática às vezes denominada pedobatismo), na convicção de que essa prática está de acordo com a vontade revelada de Deus, tem sido a prática histórica de muitas Igrejas. Contudo, a comunidade batis­ta em todo o mundo - que inclui notáveis pensadores Reformados - discorda dessa pratica.

Os batistas insistem em que a filiação a uma igreja local é só para aqueles que publicamente declararam sua fé pessoal. O argumento freqüentemente inclui a alegação de que Cristo instituiu o batismo primeiramente como uma profissão pública de fé e de que essa profissão é parte da definição de batismo, resultando disso que o batismo infantil, na verdade, não é realmen­te batismo. Com base nisso, as igrejas batistas rebatizam as pessoas que professam a fé, mesmo que já tenham sido batiza­das na infância, pois, do ponto de vista dos batistas, essas pessoas nunca foram batizadas. A teologia histórica Reformada contesta o ponto de vista de que somente o batismo de crentes adultos é verdadeiro batismo e rejeita a exclusão de filhos de crentes da comunidade invisível da fé. Essas diferenças relacionadas com a natureza da Igreja visível constituem o pano de fun­do de todas as discussões sobre o batismo infantil.

A prática do batismo infantil não é nem prescrita nem proibida no Novo Testamento, nem é explicitamente ilustrada (ainda que alguns defendam que a referência ao batismo de alguém com toda a sua casa provavelmente inclua batismos de crianças e recém-nascidos). Mais precisamente, o argumento bíblico para o batismo das crianças dos crentes se apóia no paralelo en­tre a circuncisão, do Antigo Testamento, e o batismo, do Novo Testamento, como sinais e selos da aliança da graça (Gn 17.11; Rm 4.11; CI 2.11-12), e na alegação de que o princípio da solidariedade familiar na comunidade da aliança (a Igreja, como é agora chamada) não foi afetado pela transição da "velha" para a "nova" forma da aliança de Deus, realizada pela vinda de Cristo. As crianças dos crentes gozam do status de filhos da aliança e, portanto, devem ser batizadas, do mesmo modo que os filhos meninos dos judeus eram anteriormente circuncidados. O precedente do Antigo Testamento exige essa prática, e não há instruções divinas revogando esse princípio.

Posterior evidência de que o princípio da solidariedade familiar continua no período do Novo Testamento é encontrada em 1 Co 7.14, onde Paulo nota que mesmo os filhos de casais em que apenas um cônjuge é cristão são, do ponto de vista dos relacionamentos e da aliança, santos (isto é, são separados para Deus junto com a mãe ou pai cristão). Assim, o principio de soli­dariedade entre pais e filhos anda permanece, como também Pedro declara no seu sermão, no dia do Pentecostes (At 2.39). E, se as crianças são consideradas membros da comunidade visível da aliança junto com seus pais, é apropriado dar-lhes o sinal de status da aliança e do lugar delas na comunidade da aliança; de fato, seria impróprio para a Igreja negar-lhes esse sinal. A justeza dessa pratica e demonstrada pelo fato de, quando a circuncisão era o sina de status de a lança e sina a inclu­são na comunidade, Deus haver ordenado que ela tosse aplicada aos meninos (Gn 17.9-14).

Contra esses argumentos, os batistas alegam, primeiro, que a circuncisão era: primariamente, um sinal da identidade étni­ca dos judeus e, por isso, um paralelo entre a circuncisão e o Batismo cristão não é correto; em segundo lugar, alegam que, sob a nova aliança, a exigência da fé pessoal antes do Batismo é absoluta; em terceiro lugar, alegam que as práticas não reco­nhecidas e não aprovadas explicitamente nas Escrituras não devem ser adotadas na vida da Igreja.

Certamente, todo membro adulto da Igreja deve professar a fé pessoalmente diante da Igreja. As comunidades que batizam crianças providenciam para que isso ocorra na confirmação ou algo equivalente. A educação cristã de crianças batistas e de crianças batizadas na infância é semelhante: são dedicadas a Deus na infância, ou pelo batismo, ou mediante rito de consa­gração; são orientadas a viverem para o Senhor e conduzidas ao ponto de fazerem sua pública profissão de fé, pela confirmação ou pelo batismo. Depois disso, desfrutarão do status de plenos comungantes. O debate que se trava não é sobre a educação cristã das crianças, mas sobre a maneira e Deus definir a Igreja.

Diz-se, às vezes, que o batismo infantil leva a uma falsa presunção e que o rito, por si mesmo, garante a salvação da crian­ça. Na ausência de instruções bíblicas sobre o significado do Batismo, essa infeliz conclusão é possível. Deve-se lembrar, no entanto, que uma tal má compreensão é igualmente possível no caso de batismo de adulto crente.



domingo, 2 de outubro de 2011

Mensagem de Reflexão:


Os últimos três desejos de Alexandre, o Grande

Um belo texto para você refletir.
Conta-se que quando estava à beira da morte, Alexandre, o Grande convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:
1-) Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2-) Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas);
3-) Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão: à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos incomuns, perguntou a Alexandre quais as razões para tal desejo. Alexandre explicou:
1-) Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2-) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3-) Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador?


"E agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar..." Esdras 9.8 

Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador? Ele é o seu Redentor?

Talvez você participe dos cultos de uma boa igreja evangélica. É possível que tenha lido vários trechos da Bíblia e talvez tenha em sua biblioteca livros sobre a vida cristã. Já ouviu falar do Evangelho e da salvação. Pode até ser que você seja batizado e professe estar entre os salvos.

E mesmo assim, apesar da aparência exterior, pode ser que você ainda não siga a Cristo, pois Ele ainda não é seu Senhor. Independente da sua situação religiosa, peço que considere por um momento: você já foi perdoado por Cristo?

Onde há perdão, houve primeiramente uma ofensa. É fundamental que entendamos que nosso pecado é a nossa maior ofensa contra Deus. Recomendo a leitura do capitulo 9 de Esdras pois neste capitulo, ele confessa seu pecado junto com o pecado do povo de Israel. Lemos a partir do versículo 5: "Me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus; e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa..." A atitude de Esdras demonstra que ele enxergava seus pecados como sendo ofensivos ao próprio Deus santo. Esdras não fez de conta que seus pecados eram ocultos ou discretos e nem ainda uma "escolha pessoal", mas admite que "nossa culpa tem crescido até aos céus". Nossa culpa é vista por Deus, pois vivemos todo dia perante Seus olhos. O próprio Esdras reconheceu, "Eis que estamos diante de ti, na nossa culpa" (Ed 9.5). O Rei Davi admitiu "Fiz o que é mal à tua vista" (Sl 51.3) e o profeta Isaias confessou, "as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós" (Is 59.12).

Essa culpa "que tem crescido até aos céus" é o efeito colateral do pecado. A culpa nos lembra a cada momento da condenação justa por causa do pecado. Carregamos o peso da punição vindoura, temendo um encontro com o Deus Justo depois da morte. "Todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" (Hb 2.15). E com toda razão, afinal a Bíblia não poupa palavras quando descreve a punição eterna daqueles que zombam de Deus: "Este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira" (Ap 14.10).

Antes de ser salvo, é necessário que você perceba o quão perdido você é nos seus pecados. Somente o náufrago clama por socorro. Você já chegou a se ver culpado diante do seu Criador? Chegou a admitir, "Fui pesado na balança da perfeição divina e tenho sido achado em falta"? Já confessou, "estou destituído da glória de Deus"?

Se você está carregando o peso da condenação, as boas novas do Evangelho serão como água para sua alma sedenta. Aqueles que são corroídos pela podridão do pecado acharão restauração em Cristo. Ele diz: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede" (Jo 6.35). Este versículo diz a respeito à satisfação. Deus foi satisfeito com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Cristo se satisfaz em remir pobres desgarrados e nós somos satisfeitos com a regeneração das nossas almas. Certamente, quem corre a Cristo, encontra satisfação eterna. Como não ser satisfeitos quando experimentamos que "se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2Co 5.17)? O Salmista escreveu, alegre e satisfeito: "Tu limpas as nossas transgressões. Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo" (Sl 65.3,4).

Somos lavados das nossas transgressões! Cada detalhe do pecado é expurgado pelo sangue de Cristo. O sacrifico de Cristo é tão completamente imerecido e tão maravilhosamente completo. O Filho de Deus fez-se carne para resgatar-nos da nossa carnalidade. Ele deu sua vida na cruz para assim dar vida aos acusados. O Justo morreu pelos injustos. Foi paga a minha divida, pois o Filho de Deus aceitou morrer a minha morte na cruz aonde eu deveria ter sido crucificado. Claramente entendemos: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mt 20.28). Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, tomou sobre Si a ira de Deus para que - morto e ressurreto - fosse a salvação completa dos mais indignos pecadores.

Pergunto: você está satisfeito em Cristo? A sua alma repousa nele? Ou está ainda a procura de outro consolo além de Cristo?

Talvez você esteja confusa em como chegar a Cristo. Vejamos novamente a oração de Esdras, em Esdras capitulo 9. Perceba como ele reconheceu sua vergonha e iniquidade no versículo 6, confessou sua culpa no versículo 7 e por fim agarra-se à graça de Deus no versículo 8: "Agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão" (Ed 9.8). A graça de Deus tem se manifestada, permitindo que nós - presos na servidão ao pecado - possamos escapar da culpa e da condenação. É um escape imerecido, pago na integra por Cristo. Boas intenções, ofertas financeiras ou serviço dedicado não alcançarão o que a graça de Deus alcança por nós: um escape!

Como então ir a Cristo? Correndo. Como confiar nele? Inteiramente. Como rogar Sua misericórdia? Confessando seus pecados e crendo que Ele providenciou um escape. Devemos agarrar esta verdade: "Na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade...para que nos desse vida" (Ed 9.9).

Agora não seria a hora de buscar essa benignidade de Deus? Onde quer que você esteja, não seria agora o momento de buscar um tempo à sós, e, de joelhos dobrados e coração quebrantado, rogar que Deus lave sua alma no sangue de Cristo? Estas palavras deviam ser suas: "Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto" (Sl 51.9,10).

Nós nos preocupamos com a mensagem da salvação porque não temos outra mensagem a anunciar a não ser: "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores" (1Tm 1.15). É bom ler artigos, é ótimo ouvir palestras e excelente investir em bons livros. Mas nada valerá a pena se em primeiro lugar você não tem buscado o perdão de Deus aos pés da cruz.

Pergunto novamente: você conhece Jesus Cristo como seu Salvador?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CONHECIMENTO E MATURIDADE


Kevin DeYoung
Sabedoria e MaturidadeQuando comparados, eu prefiro um cristão maduro que tenha conhecimento teológico simples do que outro extremamente culto, versado, mas sem maturidade nenhuma. Mas, é claro que nenhuma dessas situações é desejável. Vou explicar.
Uma história com dois extremos
De um lado, temos o Sr. Rato-de-Biblioteca. Ele não completou ainda trinta anos de idade. É muito inteligente. Já leu Calvino, Edwards, Lutero e Bavinck. Conhece Warfield e Hodge, Piper e Carson, também. Desde que aceitou o Senhor na época da faculdade, o Sr. Rato tem buscado conhecimento. Ele ouve uma dúzia de sermões por semana no seu iPod. Tem mais discernimento sobre debates teológicos da atualidade do que a maioria dos pastores. Adora conferências cristãs — as boas, consistentes. O Sr. Rato sabe tudo sobre hermenêutica, propiciação, teologia da aliança, princípio regulador, e o ordo salutis. Está até aprendendo um pouco de Grego, Hebraico e Latim já sabe um pouquinho e, se tiver tempo, vai aprender ugarit.
O Sr. Rato é inteligente, sério na sua fé, e quer servir o Senhor. Mas tem vinte e poucos anos e não é maduro. Em termos de conhecimento, está muito adiantado, mas quanto à sabedoria, está começando. Não comete pecados grosseiros, apenas pecadinhos. Na escala da verdade, não mente. É chato, quase ridículo, excessivamente franco. Não tem senso de proporções. Ele não percebe que um debate de pressuposto e evidencialista de apologética  não é tão sério como Atanásio versus Ariano. Para ele tudo é uma questão de prioridade porque não há outro tipo de assunto.
Para piorar a situação, o Sr.Rato fala demais. Considera toda conversa como um debate. Ele é teimoso. Não faz perguntas. As pessoas têm medo dele e ele não sabe por quê. A não ser aqueles que concordam totalmente com ele, não tem muitos amigos. Não pretende ser rude ou arrogante. Na verdade, ele consegue ser um cara simpático. O problema é que ele sabe tanta coisa que não consegue usar o seu conhecimento com sabedoria ou elegância.
No outro extremo está o Sr. Simples-Fé. É cristão há quarenta anos. Ora e lê a Bíblia todos os dias. Criou quatro filhos piedosos. Está casado há mais de trinta anos. É calmo, sincero e respeitado por todos. Mas não devora livros. Nunca leu muito. Lê dois a três livros por ano, e um deles deve ser um livro cristão, alguma coisa leve. O Sr. Simples tem instintos teológicos decentes. Ele sabe que a Bíblia é a verdade, que Jesus é o único caminho para Deus, que o inferno é real, e que não podemos merecer o caminho para o céu. É ortodoxo, mas além do básico é bastante ignorante e, francamente, não está muito interessado em teologia.
Portanto, qual dos dois você preferiria ter como diácono em sua igreja? O Sr. Rato é mais impressionante, mas o Sr. Simples provavelmente vai tomar decisões melhores e vai ser recebido melhor pelos membros da congregação. Pessoalmente, eu prefiro a maturidade ultrapassando o conhecimento em vez do contrário.
Aprendendo a pilotar de Maneira Certa
Nem é preciso dizer que o alvo é ter os dois. Um cristão maduro sem um pouco de conhecimento teológico não atinge o seu potencial. Um cristão que tem conhecimento sem maturidade tem potencial que não sabe como utilizar.
Um cristão teologicamente astuto, imaturo é como um menino de cinco anos de idade pilotando um helicóptero Apache. Vejam que arma poderosa: pode destruir argumentos e defender-se contra heresia; pode voar para o céu e ter visões gloriosas que aquele que está no nível do mar não percebe. Este helicóptero teológico é tão bom para busca e salvamento quanto para descobrimento e destruição. Todo exercito congregacional deveria ter um veículo desses. É rápido. É furioso. É impressionante. Mas também é perigoso. E com um menino de cinco anos no controle (ou seja lá o que for), algumas pessoas vão se machucar. Não é que um menino não possa ter um helicóptero, mas seria bom que tomasse lições de vôo depois de adulto.
Por outro lado, um cristão maduro satisfeito com um conhecimento teológico rudimentar é como uma pessoa de 45 anos de idade pilotando um triciclo. Verdade, ele consegue andar de triciclo, mas não pode andar depressa nem vai muito longe. Fica limitado em termos do que pode ver e experimentar.  Não pode fazer muito para enfrentar inimigos ou escalar alturas. É firme, mas não tão firme quanto poderia ser. O alvo no discipulado é que nós não temos de escolher entre meninos pilotando helicópteros e adultos andando de triciclos. Queremos pilotos maduros pilotando máquinas complicadas. Nosso alvo é que o Sr. Rato-de-Biblioteca se transforme no Sr. Cabeça-e-Coração e que o Sr. Simples-Fé aprenda a ser o Sr.Verdade-Profunda.
E se nossas congregações ainda não chegaram a este equilíbrio, pelo menos podemos arranjar um instrutor próprio para os meninos e apressar o treinamento dos adultos.