Segundo a Igreja Católica, aquele que tem vocação para o sacerdócio não pode se casar. Mas essa tese não resiste a um confronto com o bom senso e, muito menos, com a Bíblia. É o que veremos a seguir.
A Bíblia é contra?
Não, é o que nos salta à vista com o texto a seguir transcrito:
O texto acima transcrito dispensa explicação, tal a sua clareza. Mas os padres (não todos, é claro) não cessam de citar versículos isolados do contexto, extraídos de 1Coríntios 7, onde o apóstolo Paulo, além de confessar que optou pelo celibato, ainda aconselha a todos os cristãos (não somente o clero) a fazerem o mesmo. Mas, para que um bom observador se liberte dos sofismas católicos falsamente embasados em I Coríntios 7, basta-lhe atentar para os seguintes versículos:
À luz dos textos acima citados, certamente salta aos olhos que o apóstolo Paulo estava querendo dizer que quem não sente incontrolável necessidade de sexo, não precisa se atazanar com isso; pelo contrário, deve tirar proveito disso, dedicando-se à obra do Senhor. Lembremo-nos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. E a prova de que esta interpretação esta certa, é o fato de o apóstolo haver dito que “quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele” (1Co 7.7). Logo, é uma questão de dom. Ademais, o apóstolo disse ainda: “Se não podem conter-se, casem-se” (1Co7.9). Então há aqueles para os quais a libido não deve ser contida por toda a vida. Sim, há aqueles que “não podem conter-se,” reconheceu o apóstolo. Para esses, o casamento é o que há de melhor “porque é melhor casar do que abrasar-se” (1Co.7.9). E se tais pessoas se sentem vocacionadas ao Santo Ofício Pastoral? Devem ser rejeitadas? Já vimos acima, ao lermos a primeira transcrição que Paulo os aceitava, desde que fossem maridos “de uma só mulher”.
Sugerimos que o leitor leia todo o capítulo 7 de 1Coríntios, comparando-o com 1Timótio 3.1-7, para se livrar de uma falsa interpretação. A Bíblia é toda inspirada por Deus (2Tm 3.16). Logo, uma doutrina bíblica não pode estar apoiada num versículo isolado do contexto. Por que o clero católico não age hoje como o apóstolo Paulo agia? Não se julgam eles os únicos sucessores dos apóstolos? Pense e responda a si mesmo.
A idade do celibato clerical
Segundo os famosos historiadores Knight e Anglin, a obrigatoriedade do celibato eclesiástico foi decretada pelo Papa Gregório VII, ou Hildebrando, a partir do ano 1.074. Gregório exigiu que os padres solteiros não se casassem e obrigou os padres casados a se divorciarem de seus respectivos cônjuges e a abandonarem os seus filhos, os quais foram expostos “à mais amarga dor e vergonha”. [1]
A imposição do celibato clerical não tinha lugar entre os cristãos do primeiro ao terceiro séculos. Até o Padre D. Estêvão Bittencourt, ardoroso defensor do celibato clerical, demonstrou reconhecer que na Igreja Primitiva, o casamento era facultativo aos Ministros do Evangelho. Disse ele: “...A partir do século IV Concílios regionais foram impondo essa prática como obrigatória aos candidatos ao sacerdócio no Ocidente...”. [2]
Sim, leitor, “Na Igreja Primitiva não havia monges nem freiras”. [3]
Incoerência
Eu disse que, segundo o Catolicismo, aquele que tem vocação para o sacerdócio não pode se casar. Certamente, o leitor já sabia disso. Todos sabem que os seminaristas católicos, que aspiram ser Padres, só têm duas opções: pegar ou largar. Ou se submetem ao celibato, ou abrem mão da ordenação, visto que, quanto a isso, os Papas são intransigentes. Mas, como incoerência é o que não falta no Catolicismo, certo livro oficial da Igreja Católica – sim, oficial, visto ter sido editado com “aprovação eclesiástica”-, nos diz que a alguns pastores protestantes, casados, que se converteram ao Catolicismo, foi concedida a ordenação ao sacerdócio católico. Veja esta transcrição:
Ora, por que conceder aos ex-pastores que se converteram ao Catolicismo, o que é negado aos demais católicos? Por que ao jovem seminarista católico, se impõe o celibato como condição sine qua non à ordenação sacerdotal, e, ao mesmo tempo, admitem ex-pastores casados? Achando que estou à altura de responder a essas curiosas perguntas, respondo-as assim: Esses que, como Judas Iscariotes abjuram a verdadeira fé, são mais que relevantes ao Catolicismo.
Logo, é importantíssimo que sejam investidos de autoridade, para melhor impressionar os incautos; por cujo motivo, merecem tratamento diferenciado. Imagine a força do testemunho (ou tristemunho?) desses renegadores do protestantismo? Isso era tudo que a “Igreja” precisava para impressionar os desavisados. Sim, leitor, há muitos católicos leigos, de moral ilibada, profundos conhecedores da teologia católica, que atuam como Diáconos, Leigos Consagrados, etc., mas que não podem ser padres, por não serem solteiros. E isso, é, sim, sintomático. Porventura, não é revelador o fato de imporem o celibato a todos os que almejam o sacerdócio, exceto aos ex-pastores evangélicos? Ora, aqui a politicagem salta aos olhos, não? O leitor não desconfia de nada? O que os ex-pastores possuem, que os outros católicos não têm? É como dizia o ex-Padre Aníbal Pereira dos Reis: “O Diabo não consegue esconder o rabo”. Pensem nisso os sinceros! Os Papas, de bobos não têm nada! Eles sabem o que estão fazendo! Cuidado, ó caro leitor, com as astúcias dos que enganam e são enganados!
Referências Bibliográficas
1. Knight, A.E. e Anglin W. Breve esboço da História do Cristianismo, Teresópolis, Casa Editora Evangélica, segunda edição, 1947, pág. 127.
2. Pergunte e Responderemos, Ano XLIV, nº 489, março/2003, página 32 [ou página inferior 128.]
3. HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida. 8 ed. 1995, p. 83.
4. MOURA, Jaime Francisco de. Por que estes ex-protestantes se tornaram católicos? São José dos Campos: Editora COM DEUS. 4 ed. 2008, pp. 97-8.
Pq diante da ignorância de tradições do Catolicismo que não permite que seus lideres religiosos não se casem, simplesmente estão indo contra o objetivo de DEUS, que foi cria o homem e a mulher para se casarem e dar continuidade a raça humana.
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirCaro autor do artigo,
ResponderExcluirpelo visto é você que, se arvora a intérprete livre das Escrituras, a partir de versículos isolados e descontextualizados, na tentativa de fundamentar sua tese protestante.
De fato, o Celibato dos sacerdotes está totalmente embasado na bíblia, primeiramente pelo próprio Jesus, que é o maior exemplo de vida celibatária, assim como também os Apóstolos que por Ele foram chamados a "deixarem tudo" em favor do Reino de Deus.
Sugiro que leia sobre os três tipos de eunucos descritos por Jesus e entenderá que o terceiro tipo, aqueles que se tornam eunucos por amor ao Reino de Deus são exemplos claríssimos dos sacerdotes da Igreja Católica. Certamente que este chamado não é para todos, pois nem todos estão dispostos a deixarem para trás os prazeres do mundo, o matrimônio, etc...Entretanto, observe bem que não existe ninguém que valorize mais o matrimônio do que a Igreja Católica, que tem o defendido eficazmente já por mais de dois mil anos...A Igreja preza tanto o casamento que ele é sacramento da Igreja. Uma vez casado na Igreja Católica não mais se pode casar. E sabemos que o mesmo valor ao casamento não se vê em muitas outras igrejas por aí, não é mesmo, pois “casam-se e se dão em casamento” ao bel prazer, sem os mesmos critérios da Igreja Católica.
Ainda quanto ao celibato, perceba que São Paulo é claríssimo em manifestar sua opção pela vida celibatária, de solteiro. Entretanto, ela diz que nem todos estão preparado para isso, pois este estado de vida requer doação completa ao Senhor, não cabendo nenhuma divisão. Lembra da passagem sobre os três tipos de eunucos? Pois é, São Paulo parece retomá-la aqui para defender a maior perfeição da vida celibatária para aqueles que “preferem agradar a Deus” do que agradar aos seus cônjuges, ou seja, cuidar das coisas do mundo...”
ResponderExcluirQuanto à passagem em que São Paulo escreve a São Timóteo sobre a “necessidade do bispo ser irrepreensível, marido de uma só mulher”, isso não depõe contra o celibato. Naquele momento, no início da Igreja, havia poucos candidatos ao celibato. Entretanto, havia homens justos e preparados para serem presbíteros, mas que eram casados. A preocupação de São Paulo era com a poligamia, muito praticada na época e, por isso, São Paulo diz que o “bispo deveria ser marido de uma só mulher”. Segundo muitos estudiosos, exegetas e teólogos, a partir do momento que esses presbíteros ficavam viúvos, eles não mais se casavam, optando espontaneamente pelo celibato. Isso mostra o caráter dinâmico e evolutivo da Igreja.
Outro fator importante em defesa do celibato para os sacerdotes é que eles devem estar totalmente livres, desimpedidos para que possam se doar “sem partilhas” ao Senhor, conforme nos diz São Paulo na carta aos Coríntios. Existem muitos estudos que nos mostram o quanto os pastores protestantes são divididos entre família e igreja. Existe, inclusive um estudo feito por uma organização protestante chamada “Focus on the Family”, que apresenta como os pastores e suas esposas sofrem de depressão e outros males por não terem tempo adequado para a vida matrimonial. Também os filhos dos pastores reclamam da falta de tempo dos pais, e com isso surgem conflitos muito sérios decorrentes da vida dividida dos pastores protestantes casados. Por isso o chamado ao sacerdócio Católico não é para todos, mas somente para “aqueles que lhes é dada a compreensão disso”, conforme nos diz o próprio Jesus aos nos falar sobre os três tipos de eunucos. O link do artigo traduzido para o português está aqui: http://translatingbetter.blogspot.com/2011/07/por-que-os-padres-nao-podem-se-casar.html
ResponderExcluirRESPOSTA AO COMENTÁRIO ACIMA:
ResponderExcluirSrº Raimundo Santos;
Em primeiro lugar obrigado pela visita em nosso blog e por comentar a postagem.
Algumas considerações sobre seus comentários:
1- pelo visto é você que, se arvora a intérprete livre das Escrituras;
RESPOSTA: Eis uma grande verdade, tenho eu a maior satisfação em ser livre para estudar as Escrituras. Como ex-padre, sei o que isso significa para mim hoje, poder ler e com a ajuda do Espirito Santo, compreender os mistérios da Sua Palavra. Se antes eu conformava com sermões pré-prontos, encíclicas mal interpretadas e outros documentos da igrejas que se colocam em pé de igualdade com as Sagradas Escrituras, hoje reconheço que SÓ A BIBLIA CONTÉM A SUBSTANCIA DA VERDADE e nada se compara a seu estudo individual, nem a TRADIÇÃO DOS HOMENS nem a o ensino contraditório da igreja paganizada.
2- De fato, o Celibato dos sacerdotes está totalmente embasado na bíblia, primeiramente pelo próprio Jesus, que é o maior exemplo de vida celibatária, assim como também os Apóstolos que por Ele foram chamados;
RESPOSTA: você diz nesse trecho que o celibato está embasado na Biblia mas não aponta se quer um texto biblico que prove isso. Jesus não casou, não para dar sustentação ao celibato, mas porque Ele sendo Deus não tomaria para si mulher pois isso seria mais que suficiente para negar a sua divindade. Quanto aos apóstolos de Cristo citarei o exemplo de S.Pedro que, segundo a tradição, foi o primeiro papa, pois bem, ele era casado (Mt 8.14) e não foi aconselhado por Jesus a ser celibatário (em favor do Reino de Deus).
Quanto ao exemplo de São Paulo ele não fez apologia ao celibato não senhor. Pelo contrário, aconselhou aos presbiteros que fossem casados (1 Tm 3.2).
Por que S.Paulo não foi casado?
Paulo, quando era jovém, apenas um Capitão das Forças Romanas, recebeu cartas do SINÉDRIO (Supremo Conselho Judeu) para perseguir os cristãos da cidade de Damasco. No caminho, o Senhor se lhe manifestou...
Paulo ficou cego - mais precisamente, ambliope -, só enxergava letras grandes e com letras grandes assinava como nos diz em uma de suas missivas. Logo em seguida foi preso e acorrentado nos pés e nas mãos.
Como poderia um homem nestas condições, naquela época, casar e constituir família?
3- Existem muitos estudos que nos mostram o quanto os pastores protestantes são divididos entre família e igreja.
RESPOSTA: Sou pastor evangélico e nunca vi tal estudo. Pelo contrario, ouço sempre testemunhos de colegas do ministério agradecendo a Deus pela familia que têm e todos são unanimes em concordar que boa parte do sucesso ministerial deles devem a ajuda de suas esposas.
O celibato opcional é compreensível, mas impor isso como regra e pior ainda, tentar justificar esse ensino de homens com a Biblia é um abuso, isso sim é fazer uso de versículos isolados. Mas isso dá pra entender, pois como você mesmo me questionou por ser " intérprete livre das Escrituras", é o que se pode esperar de quem tem respostas enlatadas como essa sua. Talvez se você tivesse LIBERDADE para examinar as Escrituras com o auxilio da maior e verdadeira autoridade que o Espirito Santo e não a TRADIÇÃO DOS HOMENS, talvez entendesse melhor essa questão.
ResponderExcluir"E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará". João 8.32
Pois e, gostaria de lhe recomendar uma leitura:
Excluirhttp://catolicosnarede.wordpress.com/2012/04/22/por-que-o-celibato-do-sacerdote-2/
Depois me diz o que achou?
Bem, como padre que disse ter sido, suponho que você deva saber que a Igreja, desde os primórdios do Cristianismo tem as Sagradas Escrituras como regra de fé, ou seja, fonte da Palavra Revelada. Entretanto, a Igreja também tem como regra de fé, a Tradição Apostólica, que caminha com a Igreja. Também suponho que você saiba que a bíblia, como a conhecemos hoje, é produto da Igreja, pois foi ela que escolheu os livros que a comporiam, definindo seu Canon. Isso, muito antes de surgir qualquer uma das milhares de denominações protestantes, que só surgiram 1600 anos após o início da Igreja. Também imagino que você deva conhecer o que dizem os Pais da Igreja sobre a autoridade Apostólica da Igreja, não é mesmo?
ResponderExcluirPortanto, sua “liberdade” em interpretar como quer as Escrituras esbarra no próprio formato em que elas foram produzidas. Observe que a Palavra Revelada é colocada através da linguagem, e esta requer que sejamos cuidadosos ao lê-la. De fato, as bíblias que lemos nas nossas línguas modernas hoje, inglês, português, francês, espanhol, italiano, etc, são apenas traduções desta Palavra Revelada em hebraico/aramaico e grego. Portanto, é preciso que tenhamos atenção aos seus aspectos lingüísticos, suas figuras de linguagem, suas metáforas, suas mensagens conotativas, simbólicas e alegóricas, seus contextos histórico-culturais, etc. Estamos falando de língua. Neste contexto, como se tratam de textos sensíveis como a bíblia traduzida, é preciso que se recorra a uma interpretação que venha também desde o início, ou seja, os Pais da Igreja que estiveram mais próximos dos acontecimentos bíblicos. Se fosse assim não seria necessário nenhum estudo teológico para compreendermos os textos bíblicos, não é mesmo? Bastaria ler as nossas traduções bíblicas às línguas modernas para compreendermos toda sua mensagem.
ResponderExcluirMas sabemos que não funciona assim, não é mesmo? Estamos tratando de processos lingüísticos que demandam processamento de informações nos campos cultural, histórico, social, religioso e da tradição (conhecimentos transmitidos de geração em geração). Neste ponto podemos citar o exemplo do eunuco que tentava ler as Escrituras, uma passagem sobre Isaías, mas não conseguia entender nada, lembra? Pois é, foi preciso que São Filipe, com sua autoridade Apostólica, explicasse a ele a interpretação correta daquela passagem.
ResponderExcluirQuanto à sua resposta sobre o celibato, de fato, entendemos que Jesus é 100% Deus e 100% homem. Ou seja, Jesus tem duas naturezas distintas, uma natureza divina e uma natureza humana. Não se pode separar, dividir a pessoa de Jesus. Temos muitos exemplos nos Evangelhos nos mostrando essas duas naturezas de Jesus, em que ele se revela como Deus e como homem. Jesus diz claramente aos Apóstolos que aqueles que o quiserem seguir deveriam deixar tudo: pai, mãe, mulher, filhos, etc. O exemplo do terceiro tipo de eunuco descrito por Jesus é claríssimo. É a este eunuco que os Apóstolos devem se assemelhar. Este terceiro tipo de eunuco se assemelha aos sacerdotes da Igreja, que deixam tudo, pai, mãe, mulher, filhos, famílias para seguir a Jesus. Do contrário, estariam divididos, conforme São Paulo nos explica na defesa do celibato para aqueles que “querem agradar a Deus”. Enquanto os casados procuram agradar aos seus cônjuges.
ResponderExcluirQuanto a São Pedro, certamente que ele foi casado, pois lemos sobre sua sogra nos Evangelhos. Entretanto, não se diz nada, nadinha sobre a suposta esposa de São Pedro. Provavelmente São Pedro já era viúvo nesta época. Uma prova disso é que ao ser curada por Jesus, é a própria sogra de São Pedro que os passa a servi-los. Era natural de se esperar que a suposta esposa de São Pedro os servissem nesta hora. O fato é que não se tem nada, nadinha sobre alguma esposa de São Pedro e nem a de nenhum outro Apóstolo. Nenhum Pai da Igreja menciona uma suposta esposa ou filhos de qualquer que seja o Apóstolo. Seria muito estranho imaginar os Apóstolos com esposas quando eles arriscavam suas vidas a todo momento, e com isso arriscariam também as vidas de suas supostas esposas e filhos. Simplesmente não se fala em nenhuma mulher e nenhum filho de algum Apóstolo. Além disso, temos a Tradição Apostólica, os Pais da Igreja a nos confirmarem isso. Se apelar para interpretação livre, prefiro ficar com a Interpretação do Magistério Apostólico da Igreja. Do contrário, teremos muitíssimas interpretações para diferentes passagens bíblicas, com isso surgindo uma igreja nova a cada dia...
ResponderExcluirQuanto a São Paulo, percebo que você abre mão de “somente a bíblia” e parte para informações que só nos são fornecidas pela Tradição que você tanto critica. Que incoerência, não? Você poderia mostrar onde se encontram tais informações somente pela leitura da bíblia??? Portanto, você acaba de aceitar que nem tudo está escrito na bíblia, não é mesmo?
ResponderExcluirQuanto ao estudo que sugeri sobre os problemas vivenciados por pastores casados e suas famílias, segue novamente o link. Trata-se de estudo sério feito por uma organização protestante do Canadá. Sugiro que leia sem “amarras”. O link está aqui:
http://translatingbetter.blogspot.com/2011/07/por-que-os-padres-nao-podem-se-casar.html
Srº Raimundo
ResponderExcluirEm nenhum momento abri mão de "Somente a Bíblia", não incorreria no mesmo erro que tento denunciar neste artigo. Existe um critério de interpretação teológica chamado Hermenêutica.
A hermenêutica me diz que podemos conjecturar qualquer texto bíblico, desde que não tiremos o texto do seu contexto promovendo assim uma heresia.
Conjecturar algum texto bíblico é aceitável dentro desses limites. É diferente de acrescentarmos à Bíblia aquilo que a Bíblia não fala e ainda por cima fazer disso um dogma ou regra de fé.
Quanto a evidência de que S.Pedro era casado não há duvidas. Pois não apenas em Mateus 8:14 quando Jesus curou a sua sogra como o apostolo S.Paulo em I Corintios 9.5 usa como exemplo daqueles que tinham direito de levar consigo uma esposa cita o próprio Pedro como exemplo. São Paulo usaria Pedro como exemplo de quem tem consigo uma esposa se ele fosse viúvo?? Acredito que não.
ResponderExcluirÉ interessante que nesse mesmo texto S.Paulo menciona não apenas Pedro mas os demais apóstolos como tendo uma esposa.
1 Corintios 9.5:
"Não temos o direito de levar conosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os outros apóstolos e os irmãos do Senhor e Cefas?"
(Bíblia de Jerusalém,edições Paulinas, 1981).
COMENTÁRIO DA BÍBLIA DE JERUSALÉM SOBRE 1 CO 9.5:
Outra trad.: "uma esposa cristã": Como quer que seja, em vista de problemas materiais, os apóstolos casados, como Cefas (Pedro), geralmente levavam consigo a própria esposa em missão.
Pr. Diógenes Monteiro,
ResponderExcluirA Paz esteja contigo!
Sou católico Apostólico Romano, tenho 20 anos, defendo a paz entre as religiões. Estudei por alguns períodos na UFPB o curso de Ciências das Religiões, desisti por motivos familiares, mas pretendo retomar os estudos.
Quero apenas contribuir de modo fraternal e cristão com sua postagem, no intuito de apagar da humanidade questões obscuras e mal entendidas. O senhor citou durante a postagem que a Igreja Católica proíbe o casamento aos sacerdotes do Ocidente. Porém, me parece que o senhor não tem conhecimento do que isso significa, pois não explicou. A Igreja Católica se subentende como Oriental e Ocidental em seus ritos. Historicamente uma parte da Igreja Oriental se desligou de Roma com o famoso CISMA, acarretando na nova denominação de ORTODOXA. Porém, o que não se diz é que muitos orientais preferiram continuar ligados ao Papa, e com isso continuaram na Igreja Católica Oriental. O CISMA foi por volta de 1050 e a obrigatoriedade do celibato foi por volta de 1070, mas teve obrigatoriedade apenas para os sacerdotes ocidentais, da Igreja Latina, romana. Os orientais, até os dias de hoje, como os ortodoxos, podem escolher se casar antes de se ordenarem sacerdotes. A lógica disto acontecer é clara: Muitos padres migravam para a Igreja Ortodoxa, e uma obrigatoriedade de celibato seria mais um motivo para o abandono do catolicismo oriental. Então a regra prevalece apenas para os Ocidentais. Claro, em países como o Brasil, onde predomina o Rito Ocidental, os Orientais não podem casar também em "respeito" aos outros(o que não concordo, pois os ortodoxos podem se casar em qualquer país). São enviados, então, sacerdotes orientais celibatários por opção. Espero ter contribuído com essas informações. Estou aberto a partilha de estudos de modo respeitoso em diálogos e que busquem apenas o conhecimento.
A paz esteja contigo!
PS.: Indico pesquisas sobre os Católicos Bizantinos, Melquitas, Maronitas, Coptas. São 22 Igrejas Orientais ligadas ao Papa que tem o celibato opcional aos sacerdotes. Ah! E o pior é que a maioria dos próprios católicos OCIDENTAIS não sabem dessas coisas, até muitos padres não tem conhecimento disso.
Paz e Bem Robson Nunes!
ExcluirQuero agradecer-lhe pela contribuição em nossa postagem. E parabéns pela disponibilidade do debate aberto e democrático, precisamos de católicos assim.
As informações acerca das igrejas católicas de Rito Oriental não foram dadas nesse artigo por tratarmos de um tema cuja maior dificuldade se acha nas igrejas Ocidentais. Eu conheço sim as 22 igrejas do Oriente e suas tradições. Já participei inclusive de uma celebração ecumênica em uma igreja copta em São Paulo-SP. Nossa preocupação aqui é tentar mostrar que o "celibato obrigatório" não é pautado de provas bíblicas, e não segue a tradição da Igreja Cristã senão a partir do ano 1070 A.D. por isso não me preocupei em diferenciar os dois ritos católicos.
Quanto a falta de informação que os católicos, em sua maioria não tem, é lamentável que um povo não conheça a sua própria história e assim fiquem atacando a fé dos outros por se sentirem ofendidos por aqueles que pretendem informá-los.
De qualquer forma obrigado pelas informações e que Deus continue abençoando a sua vida e a sua família.
PS.: Assim que puder não deixe de retornar a sua faculdade de Ciências das Religiões. É uma das minhas vaidades que pretendo um dia sucumbir.
N concordo com o caatolicismo
ResponderExcluirO catolicismo nao prega a palavra de DEUS com ordem e decencia..pois DEUS ABOMINA IDOLATRIA...VOU PEDIR AOS PADRES PARA LEREM EXODO 20
ResponderExcluirleia abiblia
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