Já fazem mais de vinte séculos, tendo atravessado toda sorte de contingências históricas, o Cristianismo proclama ao mundo a mais insólita das mensagens, única e sem qualquer paralelo na historia das religiões: numa província remota e obscura do Império Romano, a Divindade irrompeu na historia através de um menino nascido na cocheira da hospedaria de um vilarejo. “Ao chegar à plenitude dos tempos, fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com o seu Criador”. Com estas palavras São Leão Magno, papa que viveu no século V, descreve à igreja o “Mistério da Encarnação”.
Do ceio de um povo que rejeitava todos os outros saiu a Misericórdia que os chamava e os unia. Um Menino nascido na menor cidade da mais desprezada nação da terra; um Menino cuja mãe não teve o que tem a mais indigente, a mais miserável mulher de uma das nossas cidades, um abrigo para dar à luz; um Menino nascido em uma estrebaria e deitado em uma manjedoura... Oh Deus, eu te reconheço lá e te adoro!
As grandes solenidades do Natal e da Páscoa, que celebram os acontecimentos fundamentais da História da Salvação, constituem o duplo eixo em torno do qual se organizava a liturgia da Igreja primitiva. Ainda sob o impacto da ressurreição de Cristo, a Igreja nascente celebrava inicialmente apenas a Páscoa, semanal (no domingo), e anualmente, mas temos hoje informações seguras de que já nos inícios do século IV era comemorada a Encarnação, o Natal do Senhor Jesus. A fixação do dia 25 de dezembro deriva tanto da cristianização de uma festa pagã do “deus sol invencível”, instituída pelo imperador pagão Aureliano em 274, no solstício de inverno, como da hipótese de que, tendo acontecido a concepção de Jesus no equinócio da primavera (25 de março), seu nascimento seria, conseqüentemente, por volta de 25 de dezembro, quando o sol retoma seu movimento de “ascensão”. E, de fato, para os cristãos daquela época, como para os de hoje, Jesus é a “luz do mundo” (Jo 8.12), a “luz verdadeira que ilumina todo homem” (Jo 1.9). Depois, tudo virou marketing, promoção comercial para se vender mais. Sem falar nas inúmeras tradições pagãs anexadas a liturgia do Natal, como pode se ver em muitas igrejas cristãs. A antiga espiritualidade do Natal se transformou numa farra regada a muita comida e troca de presentes sempre acompanhada da falsa caridade que parece existir em algumas pessoas apenas nesta data. Esta é uma concepção errada sobre o Natal.
Não para os verdadeiros cristãos. O evangelho de Mateus narra a descoberta do verdadeiro sentido da Encarnação do Verbo por parte dos três magos do Oriente. “E, abrindo os seus tesouros, entregaran-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra”. Mat. 2.11. O ouro é um presente para um rei. Ele representa todos os nossos bens materiais. Também no Natal, reconhecemos: “Senhor, todas as minhas posses são Tuas. Tu és o Rei dos reis e o meu Rei.”
O incenso é um presente para um sacerdote. Ele era usado pelos sacerdotes no antigo santuário em Jerusalém. No Natal, nos ajoelhamos e declaramos: “Jesus, Tu és o meu Sacerdote. Tu intercedes por mim. Tu apresentas a Tua justiça perfeita diante de todo o Céu, em lugar do meu enorme fracasso”.
A mirra é um presente para quem está para morrer. É um ungüento antigamente utilizado nos serviços fúnebres. No Natal, reconhecemos: “Jesus, Tu és o meu Salvador. Tu és o inocente Bebê que nasceu e o meu justo Redentor que por mim morreu”.
Alegre-se hoje! É hora de comemorar!
Aceite a Jesus como o seu Salvador.
Busque-O como o seu Sacerdote.
Reconheça-O como o seu Rei.
Bom Natal para todos!
Aceite a Jesus como o seu Salvador.
Busque-O como o seu Sacerdote.
Reconheça-O como o seu Rei.
Bom Natal para todos!
Paz!!!
ResponderExcluirum abraço!