terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DEVOCIONAL DE JANEIRO

Pregando a Cristo
R. C. Sproul




        







A igreja do século XXI enfrenta muitas crises. Uma das mais sérias é a crise de pregação. Filosofias de pregação amplamente diversas competem por aceitação no clero contemporâneo. Alguns veem o sermão como um discurso informal; outros, como um estímulo para saúde psicológica; outros, como um comentário sobre política contemporânea. Mas alguns ainda veem a exposição da Escritura Sagrada como um ingrediente necessário ao ofício de pregar.

        À luz desses pontos de vista, sempre é proveitoso ir ao Novo Testamento para procurar ou determinar o método e a mensagem da pregação apostólica apresentados no relato bíblico.

      Em primeira instância, temos de distinguir entre dois tipos de pregação. A primeira tem sido chamada kerygma; a segunda, didache. Esta distinção se refere à diferença entre proclamação (kerygma) e ensino ou instrução (didache).

     Parece que a estratégia da igreja apostólica era ganhar convertidos por meio da proclamação do evangelho. Uma vez que as pessoas respondiam ao evangelho, eram batizadas e recebidas na igreja visível. Elas se colocavam sob uma exposição regular e sistemática do ensino do apóstolos, por meio de pregação regular (homilias) e em grupos específicos de instrução catequética.

      Na evangelização inicial da comunidade gentílica, os apóstolos não entraram em grandes detalhes sobre a história redentora no Antigo Testamento. Tal conhecimento era pressuposto entre os ouvintes judeus, mas não era argumentado entre os gentios. No entanto, mesmo para os ouvintes judeus, a ênfase central da pregação evangelística estava no anúncio de que o Messias já viera e inaugurara o reino de Deus.

      Se tomássemos tempo para examinar os sermões dos apóstolos registrados no livro de Atos dos Apóstolos, veríamos neles uma estrutura comum e familiar. Nesta análise, podemos discernir akerygma apostólica, a proclamação básica do evangelho. Nestakerygma, o foco da pregação era a pessoa e a obra de Jesus. O próprio evangelho era chamado o evangelho de Jesus Cristo. O evangelho é sobre Jesus. Envolve a proclamação e a declaração do que Cristo realizou em sua vida, em sua morte e em sua ressurreição. Depois de serem pregados os detalhes da morte, da ressurreição e da ascensão de Jesus para a direita do Pai, os apóstolos chamavam as pessoas a se convertem a Cristo - a se arrependerem de seus pecados e receberem a Cristo, pela fé.

     Quando procuramos inferir destes exemplos como a igreja apostólica realizou a evangelização, temos de perguntar: o que é apropriado para transferirmos os princípios da pregação apostólica para a igreja contemporânea? Algumas igrejas acreditam que é imprescindível o pastor pregar o evangelho ou comunicar a kerygma em todo sermão que ele pregar. Essa opinião vê a ênfase da pregação no domingo de manhã como uma ênfase de evangelização, de proclamação do evangelho. Hoje, muitos pregadores dizem que estão pregando o evangelho com regularidade, quando em alguns casos nunca pregaram o evangelho, de modo algum. O que eles chamam de evangelho não é a mensagem a respeito da pessoa e da obra de Cristo e de como sua obra consumada e seus benefícios podem ser apropriados pela pessoa, por meio da fé. Em vez disso, o evangelho de Cristo é substituído por promessas terapêuticas de uma vida de propósitos ou de ter realização pessoal por vir a Cristo. Em mensagens como essas, o foco está em nós, e não em Jesus.

     Por outro lado, examinando o padrão de adoração da igreja primitiva, vemos que a assembleia semanal dos santos envolvia reunirem-se para adoração, comunhão, oração, celebração da Ceia do Senhor e dedicação ao ensino dos apóstolos. Se estivéssemos lá, veríamos que a pregação apostólica abrangia toda a história redentora e os principais assuntos da revelação divina, não se restringindo apenas à kerygmaevangelística.

      Portanto, a kerygma é a proclamação essencial da vida, morte, ressurreição, ascensão e governo de Jesus Cristo, bem como uma chamada à conversão e ao arrependimento. É esta kerygma que o Novo Testamento indica ser o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16). Não pode haver nenhum substituto aceitável para ela. Quando a igreja perde sua kerygma, ela perde sua identidade.

domingo, 22 de janeiro de 2012

CURSILHO DA CRISTANDADE

Entre os dias 15-18 de março a Igreja Cristã Episcopal Missão Canaã juntamente com a Igreja Cristã  Episcopal Betesda estarão realizando o 1º Cursilho da Cristandade em Santa Cruz - Cursilho Masculino -  





       O Cursilho de Cristandade é um Movimento de Igreja que, mediante um método próprio, possibilita a vivência do fundamental cristão, ajudar a descobrir, a realizar e respeitar a vocação pessoal, visando criar núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes. 




      O MCC (Movimento de Cursilhos de Cristandade) tem uma finalidade que pode ser dividida em três, conforme o prazo em que deve ser atingida: 
finalidade imediata – possibilitar a vivência e a convivência do fundamental cristão, 

finalidade mediata - criar núcleos de cristãos 
finalidade última - fermentar de Evangelho os ambientes – 



      Homens e mulheres, jovens ou adultos – que passam pelo Cursilho tem por missão fazer com que os ambientes nos quais vivem, sejam impregnados pelos valores e pelos critérios do Reino de Deus, anunciado por Jesus, tornando-os assim, ambientes dignos de hospedar os filhos e as filhas de Deus neste mundo. 
O Cursilho é uma palavra espanhola, que quer dizer "pequeno curso", de pouca duração. Teve origem na Espanha, através de um grupo de jovens pertencentes à juventude de ação católica espanhola (JACE), da Diocese de Palma de Maiorca – Ilha de Maiorca, em agosto de 1948. O Movimento se espalhou por toda a Espanha e transpôs fronteiras propagando-se por todo o mundo. No Brasil, foi realizado o 1º. Cursilho em abril de 1962, em Valinhos. Atualmente, realizam-se Cursilhos em todos os estados brasileiros. A Igreja Episcopal tem se destacado na realização de vários Cursilhos no Brasil e tem levado a proposta de Cursilhos para diferentes denominação evangélicas do país.

Todos juntos "de mãos dadas nas mesmas estradas"  vamos realizar este cursilho em março que marcará sem dúvida a vida de todos os participantes. Fichas na Igreja Episcopal na Rua Quatro 110 bairro São Cristóvão ou com o Pr. Diógenes Monteiro (81) 9917-2276 / 9107-3413.

Decolores!

BOLETIM 22/01/2012


Extraído da Confissão de Fé de Westminster

DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Deus não perde os seus redimidos

XVII.1- Os que Deus aceitou em seu Filho amado, que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do estado da graça nem total, nem finalmente; mas, com toda certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos.

SÍNTESE
O redimido em e por Cristo permanece eternamente salvo.
Não é o crente que persevera, é Deus quem o mantém perseverante no seu reino.

A Irrevogabilidade da Salvação.
No arminianismo, o pecador pode salvar-se ou perder-se, pois tudo depende de sua decisão consciente, de seu livre arbítrio. Livre arbítrio de condenado é contingenciado pela condenação. A liberdade de um sentenciado à prisão, depois de recolhido ao cárcere, é aquela do prisioneiro: extremamente limitada e condicionada ao regime prisional. O pecador, condenado à alienação de Deus e penalizado com a morte, perdeu inteiramente o livre arbítrio para decidir sobre sua liberdade espiritual e seu destino eterno. Para a fé reformada, solidamente firmada nas Escrituras, a salvação é um ato da livre graça de Deus que, desde a eternidade, elegeu o que seria salvo em Cristo Jesus e, no tempo oportuno, durante o curso da existência do preordenado, chamou-o eficazmente, vinculou-o ao seu Filho, regenerou-o e o adotou como filho. As ações redentoras, todas rigorosamente previstas, são irretocáveis e irreversíveis.
Deixemos que a Palavra de Deus nos comprove tão sublime e extraordinária verdade:

Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará de minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém o pode arrebatar ( Jo 10. 28,29 ).
Todo aquele que o Pai me dá, esse vem a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora ( Jo 6. 37 ). Deus predestinou, antes que o universo existisse, os que seriam seus filhos, nãopor criação, mas por redenção em seu Filho amado, a Segunda Pessoa da unidade Trina. A semente da fé justificadora, conseqüência da eleição, reside em cada eleito, habilitando-o a ouvir, discernir, atender e seguir a voz do Pastor ( Jo 10. 4,11,14 ). Os que pertencem ao Pai por decretação eletiva são eficazmente chamados e entregues aos cuidados pastorais de Jesus Cristo: Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra ( Jo 17. 6 ). O pecador não “escolhe” seu Deus; este é quem “o escolheu e o chama” em Cristo Jesus ( Jo 15. 16 ). A perseverança dos santos é uma graça divina, não obra do esforço humano deliberado. Quem protege e segura o filho é o pai, não o contrário.